Lucas era um jovem dedicado aos estudos, e bastante inteligente, estava estudando engenharia, tinha tudo para conquistar um futuro próspero. Sua família de classe média alta, sempre o apoiava, seu pai pagava seus estudos e se orgulhava do filho que tinha.
O jovem, como não era um cara que saía muito entrava todas as noites no bate-papo, com o intuito de achar alguém que combinasse com ele, mas quase todos os dias não obtia sucesso algum em suas buscas. Até que um dia, ele percebeu uma garota misteriosa na sala que frequentava, seu nick era "garota silenciosa", que por sua vez fazia valer seu nick de forma que não puxava assunto com ninguém, Lucas pensou bastante mas não puxou conversa.
O tempo se passou, e nada, ele não encontrava alguém que pudesse deixa-lo no mínimo interessado. Foi quando ele começou a conversar com a "garota silenciosa".
Ela respondeu ao chamado dele, conversaram por um período de tempo, Lucas se interessou na garota, quase tudo que ela dizia ele concordava, pareciam ser feitos um para o outro. Bruna, este era o nome que ela dizia ser dela, a garota de seus 20 anos estava no terceiro ano de medicina, era totalmente dedicada aos estudos e segundo ela, estava na sala de bate-papo pelo mesmo motivo que o dele.
O tempo se passou, e estavam cada dia mais ligados um ao outro. Marcaram um encontro pessoal, estavam finalmente frente-a-frente, ela era uma bela mulher, cabelos negros, pele branca, corpo escultural e usava óculos, o que a deixava ainda mais atraente aos olhos de Lucas. A jovem soltava vários elogios a ele, logo ele, que sempre foi rejeitado pelas garotas por ser considerado feio, com seus óculos de fundo de garrafa e dentes iguais aos da Mônica.
Conversaram a noite toda e estavam completamente atraídos um pelo outro. No fim, antes de se despedirem se beijaram, um beijo caloroso e apaixonado.
Os dias se passavam e os dois estavam cada dia mais apaixonados, até que em um certo dia Bruna chamou Lucas para ir à sua casa, para que ele pudesse conhecer seus pais. Este estava muito empolgado, se sentia nas nuvens, nunca pensou que encontraria uma mulher maravilhosa como aquela.
Finalmente chegaram na casa dela. Ela tirou a chave de sua bolsa e abriu a porta, ela chamou pelos pais, mas ninguém veio recebê-los. Bruna dizia que eles talvez houvessem saído, mas deveriam retornar logo, ele compreendeu e foram os dois para a sala conversar um pouco.
Conversa vai e conversa vem, os dois estavam em um amasso incrível no sofá. Lucas preocupadíssimo por medo dos pais da moça chegarem e verem aquela cena. Pararam um pouco, Bruna buscou um suco natural e deu para ele beber, como estava com muita sede, bebeu tudo de uma só vez.
Passaram-se alguns minutos e ele começou a se sentir com um sono extremo, disse a ela que iria embora, mas ela observando o estado do rapaz, não permitiu que isso acontecesse, colocou-o deitado no sofá e este adormeceu.
Lucas acordou no outro dia, se levantou mas ainda estava zonzo, então ele saiu ao encontro de Bruna, procurou por toda a casa, foi quando ele ouviu um horrível grito de socorro vindo do fundo do porão, este permaneceu totalmente paralisado e sentiu um imenso frio lhe subir por sobre a espinha. Sua vontade de ir embora daquele lugar era imensa, mas ele pretendia encontrar sua amada.
Foi quando ele desceu ao porão clamando pelo nome da jovem, chegando lá ele observou que de longe havia um jovem acorrentado à cama e com as tripas pulando para fora. Este estava numa expressão angustiante de dor. Lucas foi em direção a ele, com o intuito de ajudá-lo, mas recebeu uma forte pancada no joelho causada por Bruna e um pedaço de cano. Ele caiu no chão e não conseguia se levantar, realmente havia sido uma bela pancada, sem chances alguma dele se recompôr.
A jovem estava séria, observava-o de forma estranha, sem sentimento algum no olhar, ela esperava para ver qual seria o próximo ato do rapaz.
Lucas perguntava repetidamente o porque daquilo, dizia várias coisas, mas ela permanecia em silêncio e apenas o observava. O rapaz então começou a se rastejar até a escada, a moça então foi até ele e lhe deu um golpe forte nas costas, deixando-o sem ar.
Com bastante esforço ele voltou a respirar, ele suava frio, estava desesperado, aquilo só poderia ser um pesadelo ou então uma terrível brincadeira de mal gosto. Ela o pegou pelo braço, arrastou-o para perto do rapaz amarrado na cama e colocou ele de forma que pudesse ver o que ela faria.
O homem acorrentado gritava de pavor ao ver a mulher, ela pegou seu bisturi e começou a abrir o restante da barriga do pobre, uma cena totalmente grotesca, o homem na cama vomitava sangue constantemente, ela brincava com as tripas dele, passava a língua por sobre elas. No rosto dela, não havia sequer alguma expressão, ela não parecia se deliciar com aquilo, mas também não demonstrava algum arrependimento ou piedade, ela apenas o fazia e observava todas as expressões do rapaz.
Havia sangue por todos os lados, como Bruna se concentrava no rapaz acorrentado, Lucas tentou novamente fugir, se arrastou com imensa dificuldade até a escada, quando chegou lá, a moça por sua infelicidade parou na sua frente, com o dedo fez um sinal de desaprovação. Ela novamente o arrastou para perto do outro homem, este parecia já nem estar nesse mundo de tão transtornado que estava.
Ela chegou novamente perto ao homem da cama e o beijou suavemente, aquela cena parecia ser um doce delírio, uma suave loucura, até que ela o mordeu e arrancou os lábios dele nos dentes, este gritava e se contorcia de dor, até que ele parou de respirar. Foi quando caiu dos olhos dela uma torre de lágrimas, aquilo foi realmente estranho e assustador, ela estava triste como se houvesse perdido alguém especial, como aquilo poderia acontecer?
Bruna pegou uma toalha, enxugou sua lágrimas e subiu as escadas trancando a porta ao sair. Lucas ficou em estado de choque, estava assustado e perturbado com tudo aquilo que viu, serio aquilo real, ou apenas uma imaginação de sua mente. Mas com o corpo de um homem horrivelmente torturado em sua frente ele não poderia duvidar. Sem dizer que mais no fundo do local em que ele estava, dava pra se ver e sentir que tinha alguns corpos em decomposição no fundo, o cheiro daquele local era putrefado, talvez ele não houvesse percebido antes, mas agora ele sentia claramente aquele fedor invadindo as suas narinas.
Então a porta se abriu, Bruna entrou com uma faca de cozinha nas mãos, olhou nos olhos de Lucas, o acariciou e enfiou a faca em seu estômago retirando rapidamente. Ele sofria e gritava de dor, ela como sempre observando sem perder detalhe algum da situação e lentamente ela empurrava sua faca contra ele, num vai e vem doentio. O sangue pulava por todos os lados, o rosto dela havia sumido em meio ao sangue que voava nela, Lucas não suportou mais e faleceu diante daquele rosto obcecado e doentio.
Bruna subiu as escadas, foi tomar banho e se arrumar. Quando chegou a noite, sua campainha tocou, ela foi atender, era Alfredo, seu mais novo pretendente, naquela situação ele havia vindo conhecer os pais da amada. Esta que na verdade era órfã, não possuía sequer uma família.
Ela deixou Alfredo na sala e foi preparar um suco, retirou um calmante da gaveta e jogou dentro da bebida do rapaz, bom, o resto já da pra imaginar.
Ainda ontem ouvi falar dessa moça no jornal, encontraram em sua residência uma dezena de cadáveres, a polícia permanecia numa investigação profunda em busca de Bruna, mas sem sucesso algum.
Enquanto isso no bate-papo, um rapaz estava empolgado, pois havia acabado de conhecer aquela que na sua cabeça seria o amor de sua vida, uma moça legal e simpática na forma de conversar, haviam marcado um encontro para aquela noite, ela com certeza estaria pronta para mostrar e fazer jus ao nome que carregava, a "garota silenciosa"."
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