Uma investigação estava sendo realizada sobre tudo o que aconteceu naquela madrugada terrível e estavam tentando ver as possibilidades dos crimes serem ligados aos de um assassino do passado chamado Adolfo.
A investigadora de polícia ficou surpresa com o que acabara de descobrir. Comparando as fotos de Luíza e Adolfo, dava pra se perceber uma leve semelhança no rosto e no sorriso. Ambos possuíam um olhar sedutor e confiante, um leve sorriso no canto da boca e aquela simples expressão de que está tudo bem.
Marta, a investigadora então teve a idéia de se aprofundar mais no passado.Começou por Adolfo, e criou um pequeno resumo sobre tudo o que achou:
- Adolfo Ferreira de Andrade, nascido em 01/03/1949, casado com Natália Ferreira de Andrade que foi dada como supostamente desaparecida após uma viagem de férias com o marido. Inicialmente ele era um simples farmacêutico, mas depois de um tempo se tornou líder de uma das maiores indústrias farmacêuticas mundiais. Em 1983 Adolfo teve um pequeno caso com uma de suas funcionárias, que ficou grávida e teve uma filha do mesmo, esta exigia pensão e todos os direitos que ela deveria ter. Depois de algum tempo, a mulher desapareceu e foi dada como morta, sua filha também nunca foi encontrada. Em 16/02/2001 Adolfo foi encontrado morto em sua residência por um amigo, o corpo dele estava sem a cabeça, assim como o das suas vítimas. Foi um choque mundial quando descobriram que ele não era quem pensavam que fosse. Após sua morte, surgiram muitos boatos de que Adolfo tinha um filho homem com uma mulher totalmente desconhecida, que com toda a certeza estava apenas querendo seus minutos de fama ou não, mas ninguém deu bola a tal afirmação.
Agora um breve resumo sobre o que ela achou da vida de Luíza, não eram muitas coisas interessantes, mas que poderiam ser levadas à sério:
- Luíza Chagas Dias, nascida em 13/12/1983, filha de Alessandra Chagas Dias que desapareceu algum tempo depois do nascimento da garota. Luíza foi criada em um lar cristão para órfãos, sempre teve o amor e carinho das freiras do local, mas infelizmente nunca pode ter o amor de uma mãe. Luíza era calada e não fazia amizades com as outras garotas, ela vivia presa em seu próprio mundo, além de ser excelente aluna era muito educada e dava pra se perceber que ela tinha classe. às vezes ela se tornava agressiva, ficava depressiva por vários dias, mas logo depois tudo passava. Quando adquiriu maioridade arrumou emprego em uma indústria farmacêutica, seu chefe, o senhor Adolfo a tratava muito bem. Depois de um tempo, ninguém mais ouviu falar dela. Com seus 25 anos foi anunciada a morte de Adolfo e de vários desaparecidos, que seriam supostas vítimas do mesmo, entre elas estaria Alessandra Chagas Dias. Com seus 27 anos, Luíza foi pega em uma situação muito ruim, acabara de cometer assassinatos múltiplos e de tentar se matar, mas por infelicidade da mesma foi salva à tempo.
Marta juntou tudo o que tinha e descobriu que Adolfo e Luíza eram pai e filha, aquilo realmente era surpreendente. Adolfo havia matado a mãe da garota e anos depois tentou matar a própria filha sem conhecimento de quem ela era na verdade, Luíza por sua vez conseguiu escapar e em alguns anos á frente matou seu próprio pai, sem saber quem ele realmente era.
Realmente uma história assustadora e incrivelmente difícil de se acreditar.Talvez tudo se encaixasse agora, Luíza poderia ter herdado os instintos assassinos do pai ou então se tornou uma psicótica depois da vida turbulenta que teve.
Depois de seu relatório e de todas as suas análises, Marta se dirigiu à caminho do hospital psiquiátrico para tentar confirmar o que havia suspeitado.
Enquanto isso, no hospital Luíza brincava com Eduardo e Elizabete, que seriam nada mais que seu médico e sua enfermeira. Eduardo olhava desesperado em direção as duas, Luíza mantinha Elizabete como refém com uma tesoura apontada ao seu pescoço. Luíza ria e se divertia com toda a cena, o médico implorava por piedade:
_Pare, por favor, você não é assim, as coisas não precisam ser assim. Acalme-se e tudo acabará bem.
Mas Luíza não estava para conversa, apenas ria da situação e pressionava cada vez mais a tesoura contra o pescoço da jovem enfermeira. Eduardo e Elizabete se casariam dentro de duas semanas e se amavam muito, naquela situação estavam desesperados com tudo o que acontecia à eles.
O clima de tensão, acabara por se tornar um desespero total, pois Luíza não esperou mais nenhum segundo. Rasgou a jugular da pobre moça como se rasga uma caixa de papelão, uma atitude fria e monstruosa. O sangue jorrava por toda a sala, Eduardo correu em direção à amada, chorava , dizia que a amava, jurava vingança, então ele se levantou e correu, saltou sobre Luíza, que se defendeu com a tesoura perfurando o estômago do médico, este por sua vez caiu e ficou paralisado.
Luíza riu e instantes depois começou a gargalhar como uma histérica, Marta chegou na sala e ficou paralisada, não acreditava naquilo que via, ela então adentrou ao consultório e fixou o olhar sobre Luíza, que instantes depois a atacou.
Começaram a brigar, rolaram por muito tempo no chão, até que o médico se levantou e começou a dar tesouradas em Luíza pelas costas, esta gritava de dor, mas conseguiu se defender e arrancar a tesoura das mão de Eduardo. Esta se levantou e sem se importar com Marta, foi até o médico com a intenção de finalizar o que havia começado, mas foi interrompida pela investigadora que a atacou pelas costas e a derrubou.
Com a assassina dominada, Marta começou a contar toda a história da moça e a de seu pai, explicou tudo o que havia ocorrido em sua vida, Luíza parecia inconformada, chorava como uma inocente criança, amaldiçoou a sua vida e o mundo. Eduardo já estava novamente de pé e com a tesoura em sua posse, mas se conteve em atacar, pois ele pode ouvir toda o passado da jovem e sentiu pena dela.
O passado dele também não tinha sido um dos melhores, sua mãe era uma alcoólatra que torturava o pobre quando era menor, todo dia ela trazia senhores diferentes em sua residência, que também o batiam. Eduardo parou e sentiu um leve arrepio na espinha, pois um dos senhores que visitava sua mãe frequentemente era Adolfo, este que sempre levava presentes à ele e o tratava tão bem, talvez fosse o único. O médico se lembrou também que depois que ele estava maior e havia saído da casa de sua mãe apareceu nos noticiários a morte de Adolfo e que alguns dias depois do ocorrido sua mãe apareceu na televisão afirmando que tinha um filho do famoso Adolfo. Mas a mídia entendeu apenas como um simples blefe. Eduardo parecia estar no mundo da Lua, mas voltou a si quando escutou a ameaça que Marta lançava à Luíza:
_Agora minha linda jovem, você vai pagar por tudo o que fez, você com toda a certeza queria continuar o reinado de seu adorado papai não é, agora vai apodrecer na cadeia.
Enquanto Luíza estava enfurecida e com lágrimas por todo o rosto, Eduardo parecia estar louco, estava com pena da jovem e decidiu fazer o que seu sangue pedia que fizesse.
Aquela cena parecia irreal, aquilo não poderia estar acontecendo, aquilo era mesmo real ou apenas ficção? Não importava o que era, mas aquela cena era completamente horrível.
Eduardo se esforçava para arrancar a cabeça de Marta. Aquilo parecia politicamente errado, o médico que era um homem tão correto e que odiava a violência, agora parecia ter virado um monstro, fazia a ação calmamente, o sangue espirrava por todos os lados, Luíza permanecia paralisada e com um leve sorriso no canto da boca. Os movimentos psicóticos dele faziam-na tão bem, ela então começou a enchergar o médico com outros olhos. Talvez ele fosse o seu príncipe encantado disfarçado de Michael Myers.
Após arrancar a cabeça da investigadora, ele à entregou a Luíza como um troféu. Luíza não resistiu e beijou o médico. Logo depois de um longo amasso em meio todo aquele sangue, Eduardo e Luíza saíram pela janela, os dois tinham o plano de explorarem o mundo e seus prazeres mais secretos, talvez eles poderiam ser felizes.
Mas, por mais que tentem, talvez só haja um meio deles serem felizes, talvez eles ficariam inteiramente satisfeitos se completassem uma coleção que nunca terá fim, uma coleção obsessiva.
Continua em: Coleção Obsessiva 5 (A Obsessão Continua)
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