31 de out. de 2012

Perseguição Mortal 3: Operação Hospício


Mariana estava novamente na estrada, sua nova vítima era um senhor de 50 anos, que aparentava ser casado e ter netos, porém parecia estar bem excitado com a idéia de ter uma moça tão jovem ao seu lado. A viagem seguia tranquilamente até que avistaram uma jovem parada de pé bem no meio da estrada. Pararam então o carro e o velho ficou buzinando repetidamente. A garota moveu-se lentamente na direção do carro com a cabeça baixa, chegou perto o suficiente para poderem enxergá-la nitidamente. A jovem levantou uma de suas mãos, segurava um revólver calibre 38, logo apertou o gatilho e um buraco surgiu na testa do velho, levando-o instantaneamente à morte.
Mariana ficou impressionada com aquilo, o rosto da jovem não demonstrava sentimento algum, apenas aquele famoso "ar" de dever cumprido. Do lado de fora da pista, havia uma caminhonete preta, alguém saiu de lá, era um homem magro, de cabelo enrolado e possuí-a um olhar bem irônico, além de seu aparente bom humor. Começou a rir parabenizando a garota: "_Ótimo Izadora, sua amiga não irá morrer se você continuar conforme o combinado, fique tranquila." O ar sarcástico de Walmir estranhamente tirou um sorriso do rosto de Izadora, porém incomodou Mariana. Esta desceu do carro, parecia incrédula, não podia acreditar no que estava vendo.
Walmir era o irmão mais velho de Mariana, a garota possuía um imenso respeito por ele, pois sabia como ele poderia ser cruel quando queria, ela só não entedia o que ele fazia ali.
Walmir começou a falar: "_Maninha, quanto tempo, estava com saudades de você. Seu irmão querido veio lhe fazer uma visita."
Mariana começou a rir da mesma forma do irmão, imitando seu tom irônico: "_Maninho, eu também te amo. Agora diga-me, qual favor você quer desta vez? Posso matar sua amiguinha? Ela parece ser uma carne boa para matar."
Walmir jogou a cabeça para trás e riu alto: "A Izadora não é qualquer uma, exijo respeito. Tenho uma amiga dela mantida como refém e ela morre se a Izadora não fizer conforme o combinado. A garota é corajosa e eu gosto disso, logo ela e a amiga estarão livres. mas mudando de assunto, preciso retirar um velho conhecido de um hospital psiquiátrico." Fazendo uma pausa e suspirando complementou: "Na verdade eu preciso dele morto, ele sabe demais, mesmo sendo considerado um psicopata louco alguém pode dar ouvidos a ele alguma hora, preciso de você e da Izadora para conseguir sucesso neste plano."
Izadora pareceu excitada com a história, enquanto que Mariana parecia estar com um ar de desprezo diante de tal situação. Mesmo assim ela pegou carona com eles e seguiu até o depósito em que estaria presa a amiga de Izadora, Walmir parecia estar querendo dar algum tipo de estímulo à jovem.
Chegaram até o depósito e seguiram até onde Marcela estava, amordaçada e acorrentada, de seu lado estava Paula, que estava responsável por vigiar a garota. Paula era amiga de infância de Mariana e correu até ela para abraçá-la. Deram um longo abraço apertado, Paula ficou afundada em lágrimas, já Mariana, mesmo gostando muito ainda de sua amiga, não se lembrava mais como era demonstrar um simples sentimento, deixou apenas escapar a frase: "Bom vê-la novamente"
Izadora ainda estava com a arma em mãos, e levantou o gatilho na direção de Walmir, que olhou surpreso para a jovem. Mariana caiu em gargalhadas histéricas ao ver a idiotice que o irmão havia cometido mesmo tendo tantos anos de experiência com pessoas, Paula ficou imóvel diante de tal situação. Walmir logo deixou seu ar irônico tomar conta novamente: "_Vá em frente Izadora, você não terá coragem de me matar, eu dou tudo que lhe é necessário para sua satisfação não é mesmo? Fale-me a verdade, depois que eu apareci em sua vida eu lhe dei um sentido, lhe dei alguma adrenalina que você nunca possuiu, você sente prazer em matar, está estampado em seus olhos. Mas você não consegue matar sem um motivo qualquer não é mesmo? Eu estou lhe ajudando a descobrir quem você é na verdade, vai realmente jogar isso tudo no lixo?"
Izadora abaixou a arma, em tom enigmático abaixou também a cabeça, virou-se de costas para eles e andou em direção à Marcela, Paula estava para avançar na garota, mas Walmir fez um sinal de negativo a ela. Izadora começou a desamarrar Marcela, sua amiga ficou super contente e abraçou-a, porém a jovem não retribuiu o abraço, parecia uma pedra de gelo sem sentimento algum, Marcela afastou-se assustada, ao que Izadora gritou: "_Saia daqui agora, chame a polícia, eu e todos os que estão aqui merecem ser condenados por tudo o que fizeram." Marcela ainda estava tonta com tudo aquilo, ainda tentou dizer alguma coisa: "_Mas você não tem culpa, você foi forçada..." Antes de terminar de falar, Izadora a interrompeu: "_Apenas vá." Sua amiga apenas acenou afirmativamente com a cabeça e começou a correr. Porém um barulho fez com que todos ficassem espantados, Izadora atirou no calcanhar de sua amiga, esta caiu no chão chorando de dor, perguntando o porque daquilo. Sem deixar escapar alguma resposta a jovem caminhou em direção à Marcela, virou-a para cima e sentou-se sobre ela dando um beijo suava em sua testa. Marcela permanecia apavorada com o que estava acontecendo, enquanto que os outros permaneciam surpresos e sem reação. Izadora pegou o revólver, introduziu-o na boca de sua "amiga" para desespero da mesma e apertou o gatilho. Os miolos voaram teatralmente junto ao sangue jovem da garota. Levantando-se sorridente e triunfante, caminhou até Walmir, deu um beijo caloroso nos lábios do homem, entregou-lhe a arma e falou: "Obrigado pelo divertimento."
Walmir sorriu satisfeito com o acontecimento. Porém nem todos estavam satisfeitos com tudo, Mariana proferiu as seguintes palavras ao irmão: "_Maninho, o que acabou de acontecer é realmente espantoso, mas voltando ao assunto do seu parceiro de hospício, o que eu ganho com aquilo? Eu tenho certeza que não irei ganhar nada de você e se ganhar será algo insignificante. Isso sem dizer que estaremos acompanhados de uma psicopata sem noção que tirou a vida até de sua própria amiga. Não tenho garantia nenhuma nesse serviço."
Walmir retrucou-lhe dizendo: "_Você matou nosso outro irmão num momento de fúria maninha, você não tem uma fama de garotinha inocente para julgar alguém assim, você é capaz de muita coisa para se manter viva. E outra, gosto muito de você e do seu jeito de lidar com as diversas situações, mas infelizmente não posso lhe obrigar a ir. Mas se for, eu irei lhe dar aquilo que você procura por todo esse tempo."
Mariana ficou curiosa, pensou por alguns segundos, abaixou a cabeça e concordou em seguir a missão. Walmir chamou mais alguém para ir, originalmente estavam escalados para a missão: Mariana, Izadora, Paula, Caio e Fernando, esses dois últimos eram capangas treinados do Walmir. Embarcariam cedo no outro dia e se infiltrariam no hospício para completar uma missão aparentemente fácil.
Foram dormir, dentro do depósito estava construído um tipo de alojamento, eram 15 quartos ao todo, cada um escolheu um quarto, apenas Mariana e Paula resolveram dividir um para colocarem os assuntos em dia.
Enquanto todos dormiam, Mariana e Paula conversavam. Algo extremamente imperdível acontecia ali, Mariana estava aos prantos, ela deixava fluir seus sentimentos apenas quando estava sozinha junto de sua amiga, era a única que a escutava desde sua infância. Mas infelizmente não falavam de coisas boas, Mariana estava lembrando da morte de seu irmão do meio, Paula havia perguntado sobre a morte dele, pois fazia muito tempo que não o via, nem sabia que ele tinha falecido. Então a jovem começou a contar a história: “_Sabe Paula, há alguns anos atrás o Eric estava metido num esquema com tráfico de drogas e ele tentou me levar para esse caminho, eu resolvi ajudá-lo, pois ele me falava sobre dívidas que tinha e tudo mais e as ameaças contra ele estavam cada vez piores. O Walmir, nosso irmão mais velho tentou diversas vezes persuadi-lo a sair disso, mas o Eric nunca foi de escutar ninguém. Certo dia, eu estava indo para casa, quando me deparei com ela pegando fogo, recebi a notícia de que meus pais estariam mortos lá dentro. Bombeiros por todos os lados, policiais procurando pelo Eric, o Walmir estava em um canto da calçada chorando compulsivamente jurando vingança contra nosso próprio irmão. Nunca pensei que aquilo pudesse acontecer. Fui morar com o Walmir no seu apartamento, passou um tempo ele fechou a clínica e parou de atender como psicólogo. Ele passava horas do dia lendo sobre diversos assassinos e seriais killers, assistia filmes com o tema o dia todo, lia livros de sobrevivência do exército, chegou até a dizer que a morte era necessária para a purificação do homem. Na época eu me assustei um pouco sobre o que aquilo realmente queria dizer, hoje em dia isso faz todo o sentido, a nossa alma se purifica a cada morte e quem morre finalmente deixa essa vida com todas as angústias transmitidas por ela.” Paula olhava atentamente para a amiga, mas parecia não concordar com a sua afirmação, afinal os motivos que levaram ela até ali eram outros, Mariana continuou: “_Certo dia fui cercada por um grupo, pareciam estar todos em êxtase depois de ter usado algumas substâncias. Começaram a me agredir e a perguntar onde estava meu irmão, queriam a cabeça de Eric. Diziam que iriam me torturar até o fim se eu não falasse, por sorte Walmir apareceu, por um instante eu fiquei aliviada, mas logo o terror tomou conta de meu olhos. Bem em minha frente, meu irmão mais velho transformou os agressores em sangue puro. Com um facão velho ele fez uma chacina. Arrancou a cabeça do primeiro com muita violência, dois deles se afastaram amedrontados com o que viam, o outro foi pra cima dele e teve seu estômago perfurado, Walmir arrancou o facão e o rapaz ficou ali vomitando sangue até cair sem vida. Os outros dois imploravam por suas vidas encurralados em um canto. Walmir lançou o facão contra a cabeça de um deles, pegou o outro pelo pescoço, começou a rir desenfreadamente e o enforcou até a morte. Eric então apareceu no local, tinha um revólver em mãos e dizia que iria matar Walmir, pois a culpa de tudo o que estava acontecendo era dele, pois ele não deixava que os pais dessem dinheiro a Eric e os incentivava a parar de ajudar o rapaz financeiramente. Eric xingava e amaldiçoava o nosso irmão mais velho. Walmir foi se afastando de costas, e Eric ia caminhando em direção à ele. Por um momento hesitei, mas logo tomei coragem em ajudar Walmir, pois ele havia salvado a minha vida. Peguei o facão e ameacei Eric pelas costas, ele riu de mim dizendo que eu seria incapaz de tal ato, que eu sempre fui uma fraca e nunca seria capaz de conseguir nada na vida. Segundo ele eu deveria me sentar e esperar, pois a próxima era eu. Meu sangue ferveu naquele momento, acho que fiquei cega na hora, num momento de impulso eu enfiei o facão no estômago do meu próprio irmão. Na hora eu senti um prazer e um alívio imenso, aquele sangue derramado me fez sentir mais viva do que nunca, mas no mesmo instante a dor de ter assassinado o meu próprio irmão atacou a minha consciência. Saímos do local e esperávamos a notícia da morte de nosso irmão, contudo a reportagem identificou apenas os corpos dos marginais que Walmir havia matado. O corpo de Eric havia estranhamente desaparecido, Walmir fez uma investigação particular, mas nada de conseguir informações sobre o corpo de nosso irmão. Um dia depois recebemos uma correspondência, na caixa recebemos fios de cabelo do Eric e um rasgo da camiseta que ele usava no dia que eu o matei. Tinha um envelope junto, nele alguém nos ameaçava, dizia que pagaríamos pelo que fizemos. Algum tempo depois mudamos para um depósito qualquer, ironicamente esse foi o quarto em que fiquei aquele dia, o Walmir me disse que o depósito seria nossa nova moradia, estaríamos mais seguros ali, eu tinha saído mas agora estou aqui novamente.”
Paula olhou para Mariana e perguntou: “_Porque você saiu daqui e resolveu viver a vida na estrada?”
Mariana respondeu: “_O Walmir faz assassinatos por dinheiro, diferente de mim que os faço por prazer. Não apenas isso, meu irmão perdeu o gosto pelo sangue, atualmente ele não mata ninguém, ficou tão esperto que faz com que os outros matem por ele, e ele sabe exatamente quem é capaz e quem não é, é como se ele soubesse como despertar o instinto assassino de cada um. Depois que matei Eric, matar se tornou uma obsessão para mim, não consigo mais parar é uma necessidade constante. Eu estava admirada dele ter mantido aquela garota viva, mas depois do que a vi fazendo hoje eu diria que ele já estava esperando por isso, o que o torna uma pessoa extremamente assustadora. Perceba quando ele conversa conosco, ele sempre usa um tom irônico e sempre que vamos responder a ele, a gente pode perceber os seus olhos nos analisando minuciosamente, cada detalhe, cada movimento, cada respiração. Ele está sempre em constante análise sobre tudo a sua volta. Se tiver algo contra ele, é melhor tomar cuidado para não demonstrar. Apesar de tudo é um bom irmão, não tenho o que reclamar dele, sempre que precisei veio ao meu socorro, seria um erro de minha parte negar ajuda a ele nesse momento, só não entendo porque me chamar pra algo tão simples. Ele me deixou intrigada sobre me dar algo que eu sempre quis, nem eu sei exatamente do que se trata, também ele não me responderia. Ele é esperto, sabe que minha curiosidade para os seus mistérios é maior, perco até o sono se eu não descobrir o que é, e a única forma de descobrir é ajudando ele. Outra coisa que não entendo é o encanto que ele nutriu por essa tal de Izadora, mas enfim, vamos ver o que acontece pela manhã. Boa noite.”
Paula respondeu sua amiga e se deitou. De madrugada, ela se levantou, não conseguia dormir, a emoção de estar perto de sua amiga novamente era imensa, a garota estava feliz por aquilo. Paula estava se lembrando quando começou a ajudar Walmir e Mariana, apesar de conhecê-los desde a infância tudo aquilo era estranho, as mortes eram novidades para ela, mas ver os dois em ação curiosamente eliminava a depressão que ela tinha. Paula nunca matou ninguém, mas sempre fazia algo de útil para ajudá-los, eliminava provas, torturava pessoas para receber respostas, mas não tinha coragem de chegar ao fim, era sempre necessário que outro executasse o serviço. Moças como Paula eram importantes para o desenvolvimento do negócio segundo o Walmir. Jovens no auge de seus 20 e 22 anos eram mais atraentes e faziam com que o negócio fluísse mais satisfatoriamente. Mariana estava com seus 22 anos, era uma jovem de aparência meiga e inofensiva, o que tornava mais acessível a ela o contato com suas vítimas. Izadora tinha 19, para Walmir era algo valioso ter mais uma bela jovem no grupo, traria prosperidade para eles, isso sem contar que ele havia passado a gostar da garota e de sua personalidade decidida e corajosa, conhecer alguém assim trouxe uma satisfação imensa ao seu ser.
Walmir, que era um psicólogo notável. Sempre ajudava seus pacientes, nunca se ouviu reclamar de alguém que saiu de seu consultório com um problema pendente, ele parecia ler a mente das pessoas, ele trazia conforto e certeza a elas. Sempre fora uma boa pessoa, era religioso, talvez ainda o fosse, mas ignorava com medo de adquirir dores na consciência. Sempre gostou muito de filmes de terror, livros e músicas do gênero, sempre se interessou em estudas mentes “psicopatas”, lia muito sobre, mas nunca chegou a se especializar nessa área. Gostava de esportes, era alguém normal. Depois da morte de seus pais, a ficção tomou conta de seu eu, e a realidade parecia não existir mais para ele. Não se sabe ao certo se tudo isso que ele é agora estava adormecido nele ou se isso se deu com o choque dos acontecimentos, as coisas foram apenas dessa forma.
Já Izadora, não se sabe muito sobre seu passado. Walmir a conheceu na festa de aniversário de um sócio e conversou por um longo tempo com ela, sobre seus interesses, planos para o futuro e outras coisas mais. Ele parecia estar atraído por ela e ela por ele. No outro dia Walmir sequestrou a melhor amiga dela e obrigou Izadora a matar por ele, senão a amiga dela morreria. O homem não tinha qualquer motivo visível para tal ato até então. Estaria ele procurando liberar o instinto assassino da moça para que ela o aceitasse mais fácil? Até então é o que dava pra se perceber, ou então foi um golpe de sorte feliz da parte dele.
Todos se levantaram pela manhã e se organizaram. Walmir informou que não iria com eles, ficaria ali esperando respostas. E era de extrema importância que os mesmos arrumassem um carro qualquer na estrada para não levantar suspeitas. Mariana se prontificou a arrumar o veículo, pois era sua especialidade. O plano até então parecia simples, pois consistia em chegar ao local, entrar como visitante levando roupas e alimentos, encontrar o quarto de um homem chamado Ronaldo Braga e matá-lo. Se tudo desse errado, era necessário o plano B, que consistia em invadir o local, matar quem tentasse os impedir de continuar, localizar o alvo e terminar a missão, se seguissem esse plano, deveriam ser rápidos para não dar tempo de a polícia surpreendê-los. Walmir ainda sugeriu que se tivessem algum plano melhor, com alguma chance de dar certo, para que abandonassem os outros dois e seguirem aquilo que acreditavam ter sucesso. Os métodos de Walmir sempre agradaram Mariana, afinal ele sempre a deixou livre para executar tudo conforme os seus meios, pois sabia que sua irmã era dona de uma extrema competência nessa área, não foi à toa que ele a colocou como líder da missão.
Antes de partirem Walmir disse algo que deixou Mariana chocada: “_Maninha, o homem que você está para matar foi o principal culpado por tudo o que aconteceu à nossa família. Ele era o chefe de Eric na época e deve morrer. Tenho certeza de que era isso que você esperava durante todo esse tempo, esse era o presente que você esperava, tenho certeza de que irá adora essa missão.”
Mariana sorriu e disse que o “inseto” pagaria pelo que fez, ela agora tinha assumido um ar diferente, a disposição voltou ao seu rosto, estava disposta a fazer de tudo para matar aquele homem. Todos se juntaram e caminharam para a estrada.
Mariana e Izadora ficaram na estrada pedindo carona, enquanto os outros se esconderam em meio ao matagal. Passaram alguns minutos até que chegou um carro. Eram dois jovens, o que estava no banco de passageiros fumava maconha, parecia estar em êxtase, enquanto o que dirigia perguntou: ”_Querem carona gatinhas? Só o faremos se estiverem interessadas em busca de prazer.” Izadora caminhou até o motorista e disse: “_Todo o prazer que quiser.” Logo após de proferir tais palavras, ela rapidamente sacou uma navalha e rasgou o pescoço do jovem com uma calma e praticidade tamanhas que nem parecia estar assassinando alguém. O outro saiu correndo em desespero do carro, Caio saiu do matagal e parou o homem com um soco. O rapaz implorava pela sua vida, Paula parou por cima dele e falou: “Não o matem, deixem que o calor do porta-malas faça isso por ele e por mim.” Paula nunca gostou de matar ninguém, mas ver alguém morrendo era algo que trazia um prazer imenso para a garota.
Seguiram a viagem. Izadora dirigia o carro, Mariana no banco ao lado, nos bancos de trás estavam Paula, Caio no meio e Fernando do lado direito. No porta-malas estava o rapaz que haviam amarrado na estrada, conforme o pedido de Paula. Colocaram Misfits pra tocar enquanto seguia a viagem, aquele som era uma inspiração e tanto para eles. Depois de algumas horas chegaram ao local, Izadora iria entrar como visitante levando as roupas para caridade conforme o combinado. Mariana tinha um plano extra, Paula fingiria um ataque e Mariana estava ali para interná-la. Caio e Fernando ficariam do lado de fora servindo de vigias e deveriam estar prontos para a fuga dependendo do que acontecesse ali dentro. E assim foi.
Izadora entrou no local com as roupas, foi bem recebida e ficou ali trocando algumas palavras amigáveis com algumas enfermeiras. Mariana entrou logo depois com a amiga tendo um suposto ataque, foram acolhidas pelas enfermeiras que tentavam segurar Paula, que esperta e ciente do que deveria fazer, escapou das mãos das mesmas e correu em direção aos quartos com uma faca que havia escondido em sua roupa. Cada quarto tinha um nome, ela procurava ansiosamente por Ronaldo Braga. Mariana acompanhou a amiga e as enfermeiras, mas sua intenção era apenas a de achar o alvo. Izadora aproveitou a situação e assassinou a enfermeira que tinha ficado ali junto com ela com várias facadas no rosto. Jogou o corpo no banheiro e se vestiu de enfermeira, para que não fosse notada nos corredores se o plano de suas colegas de missão não corresse bem, assim o plano tinha uma chance maior de ter algum sucesso. Pegou um galão de gasolina que estava na cozinha e começou a espalhar por todo o corredor do hospital psiquiátrico.
Paula finalmente achou o quarto com o nome que procurava, entrou no local com bastante brutalidade arrombando a porta. Porém para espanto da jovem não tinha mais ninguém no local. A janela estava aberta e as grades totalmente torcidas. Sem pensar duas vezes a jovem pulou pela mesma. As enfermeiras param ali, Mariana abriu espaço e pulou logo atrás da amiga. As quatro enfermeiras ficaram ali no quarto, perguntando umas as outras o que estava acontecendo ali, quando estavam para sair se depararam com Izadora. A jovem soltou uma gargalhada, adentrou o quarto e jogou o restante da gasolina nas pobres enfermeiras. Logo depois soltou o galão e sorriu para elas que permaneciam imóveis e assustadas com a situação. Izadora caminhou até a janela, subiu nela, parou, olhou para trás, tirou um isqueiro do bolso, ascendeu o mesmo e mandou um beijo e o isqueiro em direção às enfermeiras, pulando logo em seguida. Lá de baixo Izadora conseguiu escutar os gritos desesperados e agonizantes das moças que logo seriam apenas churrasco.
Enquanto isso, Paula continuava a correr até que chegou ao carro em que estavam seus outros dois parceiros de missão. A jovem assustou-se com o que via. Fernando estava com o crânio esmagado ao chão enquanto que Caio estava morto em cima do capô do carro, com as tripas à mostra.
Mariana estava chegando quando viu algo que a fez gritar: “_Paula, cuidado. Atrás de você.” A Garota mal conseguiu se virar e tomou uma machadada na cabeça. Do rosto de Mariana escorreu uma lágrima e uma raiva imensa. Correu até lá apenas com a faca que havia carregado desde então. Ficou cara a cara com o homem, um careca de 1,80, no seu uniforme estava estampado seu nome. Ronaldo dirigiu as seguintes palavras para Mariana: “_Venha, pode me matar, mas diga ao seu querido irmão que já sabíamos de tudo o que estava a acontecer. Ele confia demais nas pessoas e acha que sabe de tudo. Mas ele não sabe de absolutamente nada.” E fazendo um sinal, um rapaz saiu de trás do carro. Para espanto de Mariana, o homem que surgiu ali era seu irmão que ela acreditava ter matado anos atrás. Mariana tomou então um golpe pelas costas e caiu desmaiada.
Acordou amarrada numa cadeira em um apartamento, em volta dela estavam Ronaldo, um outro homem com o nome de Suzano e Eric. Mariana ainda estava atordoada com tudo aquilo, Eric então pegou uma cadeira e sentou-se em frente à moça: “_Sei que você deve estar bem confusa em relação a tudo isso Mariana, mas quero que saiba que nada disso é culpa sua e sim do nosso irmão. Iremos matar o Walmir, já que não sobrou mais ninguém para ajudá-lo, matamos a todos que estavam no hospital psiquiátrico aquele dia. Neste momento estão indo um total de 12 homens para o depósito, ele não tem chance alguma contra eles.”
Mariana amaldiçoou Eric: “_Você foi um erro da natureza Eric, eu te odeio. Enganou-nos todo esse tempo, achávamos que estaria morto, eu passei anos com remorso por ter tirado a sua vida e agora descubro que você nos enganou. Tudo foi culpa sua, nunca foi culpa do Walmir. Se ele teve culpa em algo, foi a idiotice dele em ter confiado naquela vadia (Mariana se referia a Izadora), eu ainda tentei avisar o maninho, cadê ela, traga ela aqui, quero poder olhar pra cara dela.”
Eric fez uma cara de quem não entendeu: “_Do que você está falando, sua amiguinha foi morta bem na sua frente, não estou te entendendo Mariana.” Foi a vez de a jovem fazer cara de confusão, quando de repente Fernanda, a irmã mais velha de Paula entrou na sala toda sorridente, o que fez com que Mariana ficasse mais confusa ainda.
Eric completou: “_Ameaçamos a Paula, a fizemos acreditar que sequestramos a irmã dela, enquanto que a própria Fernanda planejou tudo, um plano muito inteligente não foi? Paula não deixaria sua bela irmãzinha morrer, afinal prometemos a ela que não mataríamos você, o alvo seria apenas o Walmir e os outros dois.”
Fernanda estava dando gargalhadas em um canto da sala e olhava com tom de desprezo para o lado de Mariana, enquanto que esta estava a pensar como Paula podia ter feito aquilo, ela realmente tinha sido muito ingênua em acreditar que a irmã havia sido sequestrada. Um fato curioso foi o de não mencionarem em momento algum o nome de Izadora, foi como se não soubessem da existência dela, Paula com certeza não falou sobre ela, talvez essa seria a carta na manga da garota caso tudo desse errado. Se Izadora não estava do lado deles, com certeza ela ainda poderia dar uma ajuda a Walmir, mas ainda sim não teriam chance contra doze homens armados, a não ser que conseguissem um golpe de sorte.
Finalmente chamaram ao telefone, era um dos capangas de Eric: “_Senhor,  o depósito do seu irmão está totalmente destruído, não dá pra saber o que houve aqui, alguém parece ter detonado o local, curiosamente passamos em frente ao hospital psiquiátrico e o mesmo foi consumido pelas chamas. Não há evidências de onde o Walmir possa estar.”
Eric jogou o telefone ao chão e gritou: “_Maldição, maldito seja aquele bastardo, eu mesmo irei atrás dele, nossos homens são uns incompetentes.” Eric saiu do quarto batendo a porta. Ronaldo deu uma ordem para que Suzano seguisse Eric e assim foi. Ronaldo saiu do quarto após alguns minutos deixando Fernanda e Mariana sozinhas.
Eric estava caminhando em direção ao seu carro na garagem quando foi surpreendido por Walmir, começaram então uma luta. Uma troca de socos enfeitava a paisagem. Eric caiu com o nariz quebrado, Walmir deu mais um chute no rosto do irmão e cuspiu dizendo: “_Seu monte de lixo, isso é pelo que fez aos nossos pais.” Assim que acabou de falar foi surpreendido por um golpe de Suzano e caiu ao chão. O rapaz tinha uma barra de ferro em mãos e acertou em cheio as costas de Walmir. Eric começou a dar gargalhadas, dizendo: “_Esse é o seu fim irmãozinho.” Mas Walmir permanecia tranquilo e deixou escapar uma leve risada: “_Olhe novamente seu verme”
Naquele momento os olhos de Eric se encheram de terror, Suzano estava sendo degolado vivo por uma simples jovem que mais parecia um demônio cruel. Deliciada com o que acabara de fazer, Izadora foi até o Walmir e o ajudou a se levantar. Izadora perguntou o que fariam com o outro, Walmir carregou Eric pelas costas e disse a Izadora: “Siga-me, este é o troféu da Mariana.”
Enquanto isso, Fernanda estava se divertindo no quarto com Mariana, ela dava tapas na cara da jovem, cuspia e ainda praguejava contra a própria irmã que eles tinham matado: “_Muito bem Mariana, a Paula se revelou uma idiota não foi, ela sempre foi, assim como você e aquele seu irmão de merda. Irão todos cair, um a um...” Enquanto falava foi interrompida por Walmir, que adentrou o local arrombando a porta com um chute. Izadora entrou rapidamente e rendeu Fernanda. Mariana implorou para que Izadora não a matasse, pois aquela era dela.
Walmir jogou Eric em um canto, o rapaz parecia estar inconsciente. Deixou- o lá por enquanto e desamarrou Mariana. Logo Izadora soltou Fernanda e jogou a faca para Mariana, esta foi caminhando na direção da Fernanda, que se movia com terror um passo de cada vez para trás.
Foi quando Ronaldo surgiu na porta e deu um tiro nas costas de Mariana, Izadora rapidamente correu na direção do homem, lutou contra ele, durante a luta ela moveu o revólver na direção da boca de Ronaldo e um lindo barulho botava fim à vida daquele maldito, seus miolos se espalharam com um sincronismo incrível junto ao seu sangue. Fernanda aproveitou tudo aquilo e correu para o banheiro. Walmir foi atrás, mas quando chegou lá a mulher já havia escapado pela janela. Preocupado com sua irmã ele voltou para a sala. Foi quando teve uma desagradável surpresa. Izadora estava de refém, Eric com um revólver encostado na cabeça da jovem. Ele deu algumas gargalhadas e falou: “_Muito bom Walmir, finalmente tudo acabou como eu queria. Sua princesinha está para ter os miolos estourados, sua irmãzinha querida já está morta (dando um empurrão nela com os pés para dar ênfase ao que falava). Agora é você quem irá morrer.”
Eric tirou a arma da cabeça de Izadora e apontou em direção ao seu irmão, mas ainda manteve a jovem presa pelo pescoço. Nesse momento Mariana agarrou a calça de Eric e falou: ”Não se atreva filho da puta.” Eric riu da cena e disse: “_Olha só quem ainda está viva, que bonitinho, o amor entre a família é lindo. Agora pare e observe a morte de seu irmão, daqui a pouco será a sua vez.” Assim que ele acabou de dizer estas palavras, uma faca passou por seu maxilar, atravessando sua cabeça de cima para baixo. O mundo parou, Izadora tinha uma faca guardada em sua roupa e a pegou enquanto o rapaz havia se distraído com Mariana, logo enfiou a faca no rapaz de forma teatral, digna de uma cena de hollywood. Sem forças para apertar o gatilho, Eric deixou o revólver cair e ficou de joelhos olhando com os olhos assustados e agonizantes na direção do Walmir, este virou para Izadora sem mostrar sentimento algum pelo irmão e falou: “_Acabe o que começou.” A jovem retirou a faca do maxilar do rapaz, este caiu sangrando e gemendo ainda com vida. A jovem pegou o revólver que estava ao chão e deu dois tiros no rosto do rapaz acabando com a dor do mesmo e o deixando irreconhecível.
Walmir e Izadora se apressaram em saírem dali para tentar salvar Mariana. Tempos depois Mariana estava acordando, agora estavam em um novo depósito. Walmir estava sorridente: “_Maninha, você finalmente acordou, como se sente?” Mariana respondeu: “_Mais ou menos maninho, me diga que tudo foi apenas um sonho.” Walmir balançou negativamente com a cabeça e continuou: “_Eu e a Izadora estávamos esperando que você acordasse, tenho uma nova missão para vocês duas logo.”
Mariana falou em tom de desprezo: “_Sinto muito maninho, não estou com disposição para nada. A vida não tem mais sentido. Matar pessoas na estrada já está ficando chato, foram poucas as vezes que achei pessoas interessantes, seria melhor se eu tivesse morrido.” Walmir caiu em gargalhadas, ao que Mariana ficou confusa. Seu irmão então falou: “Tenho certeza de que você mais do que ninguém quer fazer uma visitinha à Fernanda.” Mariana se interessou: “Onde ela está?” Walmir respondeu: “_Calma, uma coisa de cada vez. Isso é o que teremos de descobrir, enquanto você se recupera Izadora irá investigar, quando tudo estiver pronto iremos atrás dela, mas já aviso, não será fácil, pois toda a organização de Ronaldo agora está nas mãos dela.”
Mariana virou-se para o lado, de dentro dos seus olhos dava pra se enxergar apenas o ódio que ela sentia pela Fernanda. Izadora se sentou em uma poltrona e permaneceu sorridente, pois acabara de passar por uma aventura e logo teria outra, sua sede por sangue estava cada vez maior. Já Walmir, com toda a sua calma e bom humor, olhou para as duas garotas e para ele mesmo e fez uma piadinha qualquer: “Aquilo que não nos mata, com certeza também não engorda.”

21 de out. de 2012

Perseguição Mortal 2: Mortes na estrada


Eram 6 horas da manhã, três jovens estavam na estrada, viajavam para assistir um show do Rob Zombie, estavam eufóricos e queriam chegar mais cedo para acharem um local mais à frente no palco. Marcos, William e Débora sempre curtiram um bom rock’n roll e não poderiam perder aquele espetáculo.
Durante o percurso avistaram uma grota pedindo carona, seu carro estava aparentemente estragado fora da estrada. Débora pediu para que os rapazes não parassem, porém William disse que gostou da moça, ainda mais que ela usava uma camiseta do Alice Cooper. Pararam então e a moça se apresentou, seu nome era Mariana, seu carro havia aquecido o motor e ficou sem condições de continuar seu percurso. Coincidentemente ela também iria ao show e perguntou se poderia ir com eles. Mesmo os rapazes se oferecendo para olhar o problema do carro, a moça recusou dizendo que não poderiam perder tempo, de lá ligaria para um guincho.
Os 4 então seguiram viagem. Conversavam sobre várias bandas de rock, punk e metal. A moça agradava os rapazes com seu conhecimento e sua personalidade forte, além de ter um agradável sorriso no rosto. A única que se sentia incomodada era Débora, que pediu para pararem no meio do caminho para fazer suas necessidades. A garota adentrou em meio ao mato e sumiu por alguns minutos.
Passados 10 minutos, a garota saiu do mato e se deparou com uma cena horrenda. Com a cabeça esmagada na porta do carro estava o corpo de Marcos, ao rapaz estava irreconhecível, a parte de cima do seu corpo havia se transformado em apenas sangue. Um pouco mais à frente estava William, caído em volta à uma poça de sangue, provavelmente o seu. Mariana então começou a rir alto, ela estava atrás de Débora e se deliciava com o rosto de espanto da garota. A reação de Débora foi correr. Mariana então deu um grito: “_Pode correr, mas não chegará muito longe. Se eu consegui matar dois homens, imagina o que eu não faço a uma garota patética e mimada.”
Débora correu um longo caminho, aos poucos sua correria se tornou apenas passos cansados, passados mais alguns minutos ela caiu.
Já era por volta de 12:00 quando Débora acordou, estava exausta, havia andado quilômetros sem nada para beber ou comer. Ao longe ela avistou um depósito. Caminhou então até ele na esperança de encontrar alguém para ajudá-la. Chegando lá percebeu que se tratava de um posto policial, seu rosto então se encheu de esperança, pois os policiais poderiam lhe prestar ajuda.
A mulher chamou, tocou a campainha e nada de virem atender. Resolveu adentrar o local. Achou a água que tanto queria  matou sua sede, porém sua alegria durou pouco, pois bem em frente à ela estava Mariana sorrindo satisfeita com a cabeça de um homem em suas mãos, o sangue pingava num ritmo frenético daquela cabeça, o sorriso no rosto de Mariana causava bem mais incômodo que aquela cena horrenda. Débora correu novamente, tropicando logo à frente no resto do corpo do policial. Levantou-se novamente e viu um outro policial morto em uma cadeira, este havia sido aparentemente enforcado pelo fio do telefone. Chegando à porta da saída, Débora foi abordada por dois policiais, que a renderam e a algemaram. A mulher gritava e dizia que tinha uma assassina atrás dela. Um dos policiais investigou o local e como não achou mais ninguém, decidiu que o melhor a fazer seria levar a garota com eles à delegacia mais próxima.
Caminhando em direção à viatura, Débora avistou o carro de seus amigos passando por eles. Ela tentou dizer aos policiais que a assassina estaria naquele carro, mas estes não lhe deram ouvidos. Adentraram à viatura e pegaram a estrada afim de chegar à delegacia.
No meio do caminho, acharam o carro dos amigos de Débora parado no meio da estrada, bem em frente a um posto de gasolina que aparentava estar abandonado. Débora gritava e implorava para irem embora dali, mas os policiais a ignoraram novamente e foram examinar o carro. Acharam os corpos dos amigos de Débora em situação deplorável. Enquanto um ficou ali examinando o veículo, o outro adentrou a lojinha dentro do posto para verificar a situação do mesmo. Assim que entrou, tomou uma facada no estômago, caiu lentamente de joelhos, olhou para os olhos frios e o sorriso maligno da jovem, logo foi ao chão aparentemente morto.
Passaram-se alguns minutos, ouve um tiro dentro da lojinha, o outro policial correu até lá e avistou seu amigo caído, olhou para o lado e teve uma arma encostada bem no meio da sua testa. Logo após o aperto do gatilho, seus miolos voaram teatralmente e mancharam a parede com sangue. Mariana saiu caminhando lentamente do posto em direção à viatura com uma satisfação visível no rosto e uma faca em mãos. Débora já estava em desespero nessa hora, até que se ouviu um tiro, uma mancha logo se formou na camiseta de Mariana na altura do estômago, ela então caiu. De lá do posto vinha o policial que havia tomado a facada na barriga, este caminhava meio em dificuldade, olhou por alguns instantes para o corpo de Mariana, logo foi em direção à viatura para libertar Débora. Num pequeno descuido a felicidade dos sobreviventes se foi. Mariana atacou o policial pelas costas com uma facada na cabeça. Continuou esfaqueando o policial no chão diversas vezes com uma fúria animalesca e fora do comum, a aparência de garota boazinha parecia que nunca existiu naquele momento, até seu sorriso enigmático havia desaparecido de seu rosto. Mesmo em meio todo aquele sangue, Mariana não se satisfez, pegou o revólver do policial e atirou duas vezes contra a cabeça do mesmo. Finalmente satisfeita, ela olhou com seu famoso sorriso cativante para Débora, um sorriso que ao fundo guardava sentimentos frios e sádicos. Débora estava encolhida em um canto da viatura horrorizada com a cena que acabara de presenciar.
Um dia depois, podia se ver várias viaturas da polícia, ambulâncias e também a imprensa. O massacre chocou todo o país, Débora ficaria conhecida como uma pessoa terrível, não só por este acontecimento, mas também pelas mortes que haviam acontecendo durante algum tempo nas estradas. Dentro da viatura ela estava morta, com uma arma em mãos, uma faca bem ao lado, os pulsos cortados e um furo provocado por um tiro milimetricamente no meio de sua testa. Do seu lado estava escrito em sangue a frase: “Me desculpem pela bagunça.”
Com medo de causar uma histeria geral, a polícia declarou que a mulher teve um surto e matou todos ali e logo percebendo o quão terrível foi o que fez, resolver tirar a própria vida.
Enquanto isso, em outra estrada qualquer, Mariana adentrava em um automóvel, sua nova vítima era um rapaz jovem, aparentemente bem de vida. Seu carro dava inveja a qualquer um. Dias depois achariam o rapaz jogado em meio a um matagal, com as tripas expostas e sem vida. Mariana como sempre, continuaria sua jornada “sadia” e “inocente” pelo mundo, em busca de novas experiências para saciar sua sede de sangue e desespero.

7 de out. de 2012

Clara


Era fim de ano, o barulho dos fogos e das festas tomava conta de toda a rua, enquanto Arthur e Clara estavam discutindo novamente, aquela era a quinta discussão da semana. Os dois estavam com os nervos à flor da pele. A mulher o acusava de traição, pois este chegava bêbado todas às noites e com cheiro de perfume de mulher. Tinham um filho de 10 anos, seu nome era Henrique, e ele sempre se trancava em seu quarto e chorava por horas ao ver seu pais brigando.
Durante a discussão daquela noite, Clara deu um tapa forte no rosto de Arthur, este revoltado com aquilo, pegou um revólver que guardava dentro do armário e dizia que a mataria. Clara sem medo avançou contra o marido e começaram uma luta, até que se ouviu um barulho, os dois permaneceram imóveis, do estômago de Clara jorrava um rio de sangue, de seus olhos uma lágrima de dor, caiu então para trás como um boneco de pano, sem sinal de vida para desespero de Arthur que havia ameaçado a mulher sem intenção de matá-la. O homem ficou ali imóvel por alguns segundos, até que se lembrou de seu filho, pois o garoto não poderia ver aquela cena horrenda. Agindo rápido, pegou o corpo da mulher, levou até a garagem e a colocou no porta-malas, foi até o matagal mais próximo e a enterrou.
Voltou para seu apartamento, ainda permanecia assustado com tudo o que havia acontecido. Chegando lá encontrou seu filho brincando no sofá, parecia estar conversando sorridente com alguém, porém não havia mais ninguém ali além de pai e filho.
Como ainda estava eufórico pelo que fez, resolveu deixar pra lá e ir pro quarto pra pensar sobre o que falar para seu filho e para quem perguntasse o paradeiro de sua mulher. Pensou em ligar para a polícia e inventar que ela havia sido sequestrada, mas logo o pensamento em ir pra cadeia o assustou. Resolveu não fazer nada, e que quando o perguntassem diria que ela fugiu com outro. Digitou uma carta, para que sua letra não fosse reconhecida, isto já serviria de alguma desculpa. Na carta constaria que a mulher o abandonou e fugiu com outro, por não amar mais o marido e que logo voltaria para buscar seu filho.
Os dias se passaram, a polícia começou uma investigação pelo desaparecimento de Clara, a carta de Arthur não convenceu as autoridades. Todo dia antes de dormir, ele ainda conseguia escutar uma risada infernal vinda de dentro do banheiro de seu quarto, às vezes via sua esposa perambulando à noite pela casa. Todavia tratava aquilo apenas como alucinação e remorso criados pela sua mente e não dava muita atenção. Continuou levando sua vida normalmente, se encontrando com suas amantes com muito mais frequencia do que antes.
Certo dia, o homem entrou em sono profundo, acordou algumas horas depois com um barulho vindo de dentro do banheiro de seu quarto. Caminhou até lá e deu pra ouvir nitidamente o cantarolar de seu filho. O garoto estava pulando em círculos enquanto cantava. Parou ao ver seu pai ali na porta e falou: "_Esta noite morreu alguém papai. Mamãe me contou que as pessoas más devem morrer. Vá até o apartamento de sua mais nova amiga hoje, mamãe estará te esperando lá." E apontando mostrou sua mãe ao lado sorrindo, com um ar maligno e assustador, o rosto pálido e cadavérico e o corpo todo banhado em sangue.
Arthur acordou então assustado do sonho que acabara de ter. Refletiu por uns minutos, foi ver seu filho que dormia como um anjo e resolveu ir até a casa de Vivian para alguns momentos de prazer. Vivian era uma das amantes de Arthur, a mais recente delas, e o homem estava visitando ela frequentemente sendo esta uma das principais causas da brigas entre ele e Clara.
Chegando ao apartamento da mulher, percebeu a porta aberta. Adentrou no apartamento que estava aparentemente destruído, parecia que havia passado um furacão no local. De dentro do banheiro o homem ouviu um grito de socorro. Correu até lá e abrindo a porta, se deparou com o corpo de Vivian enforcado e com os dois pulsos cortados. Sangue por todos os lados. Predominavam escrito em sangue nas paredes as palavras vingança e sofrimento.
Arthur ouviu a porta do apartamento se fechar. Correu até lá em desespero, enquanto começou a ouvir novamente o cantarolar de seu filho vindo do banheiro. Voltou até lá engolindo seco, quando chegou, pôde ver seu filho pulando em círculos em volta do corpo de Vivian. Foi quando Vivian acordou e começou a reclamar: "_Seu filho da p..., como pode deixar ela me matar, como você é fraco. Não serve nem pra fazer o serviço direito. Você não conseguiu matá-la e ela também não pode te matar, mas eu posso."
O corpo de Vivian então caiu de onde estava pendurado e avançou contra Arthur. Começaram uma luta, rolaram de um lado para o outro. A mulher o arranhava por todos os lados, até que ele conseguiu se soltar. Correu até a cozinha e pegou uma faca, foi quando Vivian avançou contra ele tomando uma facada certeira no coração. Ela caiu por um momento e se levantou logo em seguida, rindo histericamente e falando com voz de demônio, fiel aos filmes do gênero. Ela mesma arrancou a faca com as próprias mãos e tentou acertar Arthur, este desviou e arrancou a faca da mão da garota, logo começou a esfaqueá-la como um louco. Foram várias facadas, enquanto o sangue jorrava e manchava a sua roupa e o chão do apartamento.
Assim que ele se cansou, se deu conta de que a mulher estava morta. Escutou então o barulho do carro da polícia vindo do lado de fora, com certeza os vizinhos haviam escutado o barulho da briga. Arthur se desesperou, pois a polícia não acreditaria naquilo. Foi até o banheiro para pegar seu filho, mas este não estava mais lá. O mais estranho de tudo aquilo era que o banheiro estava limpo, sem sinal do sangue que estava espalhado lá. A porta do apartamento se abriu sozinha e ele então correu e desceu as escadas dos fundos. Ligou seu carro e saiu em disparada. Enquanto dirigia, recebeu a ligação de Stela, a moça estava chorando dizendo para que Arthur fosse até lá ou a mulher dele a mataria, pois ela havia descoberto tudo.
Sem acreditar no que estava acontecendo, resolveu ir até onde ele havia enterrado a mulher. Chegando lá, começou a cavar o buraco novamente, mas ao invés de achar a sua mulher, lá estava o corpo de Stela. Perplexo com aquilo ele foi se afastando de costas até esbarrar no corpo de sua mulher, que sorria friamente para ele dizendo que ele era o responsável por aquela morte. Olhando em volta, percebeu que estava dentro do apartamento de Stela, esta pulou em cima dele e começou a enforcá-lo. A moça gritava e batia a cabeça dela repetidamente contra o rosto do homem. Arthur segurou a cabeça de Stela e bateu repetidamente contra a parede, transformando a parte de trás do crânio da garota em carne viva. Fez isto até que ela parasse de respirar. Suspirou aliviado ao vê-la morta, mas ao mesmo tempo o medo tomou conta de todo o seu ser. Ao se virar, viu sua mulher com seu revólver na mão apontado em sua direção, o mesmo que ele havia usado para matá-la acidentalmente. Ele implorou pela sua vida, mas ela sem parecer demonstrar o mínimo de piedade, apertou o gatilho. Arthur então acordou em seu quarto, estava suando frio, aquele pesadelo parecia ter sido muito real.
Levantou-se então de sua cama, olhou em volta do quarto, foi até o banheiro e tudo parecia extremamente normal. Seguiu até a sala, já era manhã, seu filho estava ali sentado, sorridente e feliz.
Arthur perguntou ao garoto se este não sentia falta de sua mãe. Ao que o garoto respondeu: "_Como assim papai, ela está sempre brincando comigo, neste momento ela está ao seu lado e disse que nunca nos abandonará."
Um calafrio subiu a espinha de Arthur, seu medo havia triplicado. Então arrombaram a porta do apartamento, era a polícia. O homem estava banhado em sangue, foi acusado pela morte de duas mulheres. Eram elas Vivian que ele havia assassinado esfaqueada e Stela, garota de programa que ele matou de forma insana batendo a cabeça da jovem contra a parede.
O garoto foi morar com os avós, para tentar ter uma vida normal e assim foi. Seu pai foi internado em um hospital para doentes mentais. Vivia atacando as pessoas dizendo que elas sempre o atacavam, ficava preso em um canto do quarto, todo trêmulo dizendo que sua esposa não parava de sorrir para ele. Os médicos o consideravam um louco, com algum tipo de esquizofrenia paranóide. Talvez eles estivessem certos, ou talvez realmente o espírito de Clara estivesse ali, para atormentar Arthur até o último dia de sua triste vida.

31 de ago. de 2012

Tormento Anônimo


O vai e vem da enxada arrancava litros de suores do rosto de Celso, nunca fora acostumado a cavar antes, naquele momento estava realizando um enterro em seu quintal. O rapaz havia acabado de matar sua namorada estrangulada, o desespero estava estampado em seu rosto, ele tentava terminar o mais rápido possível com aquilo. Assim que acabou de cobrir o corpo com terra, ele sentiu um alívio e ao mesmo tempo um arrepio na espinha, pois Denis, seu melhor amigo, acabara de chegar ao fundo da casa e perguntou o que o rapaz estava fazendo, Celso estava branco, não sabia o que dizer, respondeu com uma brincadeira: "_Estava muito tedioso aqui e então pensei em tentar achar algum tesouro enterrado." Depois de dizer isso, os dois caíram em gargalhadas, Celso então chamou Denis pra tomar uma cerveja e relaxarem um pouco, e assim foi.
Os dias se passaram e os amigos do casal sentiram falta de Daniela, a namorada de Celso, fazia um ano que os dois namoravam, um namoro lindo de se ver, sempre amorosos um com o outro. Foram à procura de Celso, este se limitava a chorar e a dizer que ele e os pais dela já haviam comunicado à polícia o desaparecimento da garota e até então não obtiveram respostas.
Os dias se passaram e nada havia se esclarecido, Denis vendo o "sofrimento" do amigo, reuniu a turma e resolveram passar o fim de semana na fazenda dos pais de Hícaro, este que estranhamente parecia mais abatido que Celso.
Era uma manhã linda quando os amigos chegaram até a fazenda, uma paisagem maravilhosa ao redor, ao longe dava pra se ver um lago, as árvores balançavam lentamente, um ambiente calmo e prazeroso. Estavam no local Celso, Ingrid, Jaciara(que era apaixonada por Celso), Marília e Patrick que eram namorados, Denis que era o melhor amigo de Celso e Hícaro que foi quem disponibilizou a fazenda para o fim de semana.
O dia na fazenda correu bem, todos se divertiram muito, até que a noite chegou e Jaciara fez um comentário inconsequente, talvez até de propósito sobre Daniela, sua palavras foram ditas com um sorriso no rosto e dirigidas à Celso: "_Até que a 'lombriga branquela' não faz tanta falta."
Hícaro se levantou, disse para todos ficarem à vontade e se retirou batendo os pés, com uma raiva nítida no rosto, com certeza pelas palavras pronunciadas por Jaciara, pelo rumo que tomava iria em direção ao seu quarto, os outros logo se dispersaram com olhares indiferentes em direção à Jaciara, Celso fingiu não ter ouvido e foi dar uma volta pelos arredores da fazenda, enquanto Marília e Patrick discutiam por algum fato qualquer.
Celso se distanciou um pouco do grupo, andou em meio à algumas árvores enormes, estava indo em direção ao lago. Parou derepente, o rapaz estava ouvindo passos atrás de si, a estranha sensação de estar sendo observado tomou conta de seu ser, alguém ria em algum lugar daquele local deserto, estranhamente aquele local estava infestado com o aroma de sua namorada que ele havia assassinado, o rapaz então gritou: "_Quem está ai?" Como ninguém respondeu, ele virou-se para continuar sua caminhada, quando um cadáver caiu bem à sua frente, era o corpo de Daniela. Celso ficou branco, olhava para um lado e para o outro, parecia estar em pânico, havia um bilhete grudado junto ao corpo com a mensagem: "Eu sei de tudo"
Enquanto isso a fazenda estava em silêncio, muitos provavelmente estariam em seus quartos, ou estariam dormindo. Patrick ainda estava acordado quando alguém entrou em seu quarto, provavelmente seria sua namorada, passou-se alguns minutos ouviu-se gritos e móveis se quebrando vindos do quarto do rapaz. Todos correram para olhar o que estaria acontecendo. Marília estava ao lado do corpo de seu amado que estava terrivelmente desconfigurado com cortes por toda a extensão do corpo, o sangue pintava o chão, as paredes e as mãos da mulher que chorava inconsolável, o primeiro a chegar ao quarto e ver a cena foi Hícaro, Denis chegou logo depois, Jaciara e Ingrid chegaram praticamente juntas após alguns minutos e por fim chegou Celso que já estava com cara de espanto e agora parecia surpreso com aquela cena, na parede havia um estranho recado escrito com sangue: "É apenas o começo"
A polícia foi até o local, não dava pra acusar ninguém, não havia rastros deixados pelo assassino, a letra do sangue na parede era do próprio Patrick, talvez houvesse sido obrigado a escrever. Marília foi presa temporariamente, pois era a principal suspeita, a pobre estava aparentemente arrasada com tudo aquilo.
Todos voltaram para a cidade, para continuarem suas vidas. Celso chegou em sua casa e como costume checou a caixa de correios, havia uma carta anônima com fotos de Hícaro e Daniela juntos e um bilhete com letras recortadas de revistas: "Se não matá-lo, publicarei isto nos jornais e entregarei à polícia, você passará a ser o principal suspeito da morte daquela 'lombriga branquela'." Pronto, Celso logo parou e teve a certeza de que era Jaciara que estaria fazendo tudo aquilo, apenas ela chamava Daniela assim, sem pensar duas vezes ele se dirigiu ao apartamento de Jaciara, chegou no local disposto a colocar um fim na vida da garota, já tinha tudo planejado para que nada desse errado. Tocou a campainha várias vezes, porém ninguém apareceu. Já impaciente, girou a maçaneta e percebeu que a porta estava aberta, caminhou cuidadosamente até o quarto de Jaciara, quando chegou não pode acreditar na cena grotesca que estava à sua frente. De um lado do quarto estava o corpo de Daniela, crucificado e decomposto, do outro o corpo nú e sem vida de Jaciara, crucificado de cabeça para baixo, uma incrível alusão ao sagrado e ao profano, ao redor do quarto estavam espalhadas as mesmas fotos que foram enviadas para Celso naquele dia e uma mensagem junto à uma das fotos: "Chegou atrasado, se não cumprir o combinado até amanhã, tudo isto será publicado."
Celso pegou todas as fotos e saiu louco em direção à casa de Hícaro, aquelas fotos não poderiam ir à público, ele não matou Daniela por causa de traição, até porque ele nem sabia que estava sendo traído, Celso matou a garota porque perdeu a calma numa discussão com sua namorada e lhe deu um soco, como esta ameaçou ir até a polícia, o rapaz a estrangulou até a morte.
Celso parou em frente à casa de Hícaro, este veio atendê-lo e lhe chamou para entrar, assim que o homem virou as costas, sem pensar duas vezes, Celso retirou um punhal de dentro de seu bolso e deu várias facadas nas costas de Hícaro, até este cair sem vida em volta de seu próprio sangue. No interior da residência uma mulher perguntava: "_Hícaro, quem está ai? Volte para a cama." Com medo de descobrirem algo, Celso foi até o quarto, subiu na cama onde a mulher estava, e após alguns segundos de luta, cortou a jugular da mulher, inundando a cama de sangue. O rapaz pegou gasolina e fósforo e colocou fogo na casa, enquanto o lugar era consumido pelas chamas, pegou seu carro e foi embora.
Chegando em sua casa, já atordoado, abriu a porta e percebeu que alguém já estava lá, voltou ao carro e trouxe seu punhal junto de si. Andou pelos corredores quando tomou uma forte pancada na cabeça, caindo desmaiado.
Acordou amarrado e amordaçado, seu amigo Denis de pé em frente a ele, estava com o rosto encharcado de lágrimas, tinha um revólver em mãos e dizia: "_Não irei te perdoar pelo que fez, você matou ela, matou os nossos amigos, o que você fez não tem perdão, eu te considerava tanto, mas você não merece viver mais."
Enquanto ele levantava o revólver e falava, foi atacado pelas costas com uma facada de Ingrid, a faca entrou certeira no coração do rapaz, que aos poucos perdeu o ar e antes de  cair sem vida disse quase sem voz: "_Porque?" Caiu então com o rosto ao chão. Ingrid libertou Celso, que a abraçou como forma de agradecimento, seus olhares se cruzaram e trocaram beijos calorosos um com o outro.
Tudo foi "esclarecido", Denis foi o culpado pelas mortes, encontraram impressões digitais suas em alguns dos crimes, Marília foi libertada e mudou de cidade, Celso e Ingrid estavam casados e iriam passar o fim de semana na casa de praia do rapaz.
Enquanto dormia, Celso ouviu um barulho estranho vindo de dentro do armário, levantou devagar e foi pé por pé até lá, abrindo a porta bem devagar, atrás dele, sem ele perceber, permanecia alguém parado e imóvel, observando cada detalhe. Quando o rapaz abriu o armário, um corpo totalmente decomposto pelo tempo caiu em cima dele, ele não podia acreditar no que via, com certeza não era Denis quem havia feito aquilo tudo, então quem seria? Aquilo nunca teria um fim? Empurrando o cadáver ao chão e se afastando de costas, assustado com o que via, sentiu que esbarrou em alguém, quando se virou, observou nitidamente o sorriso e a frieza de Ingrid, esta só teve o trabalho de passar a faca no pescoço de Celso e sentir o jato de sangue quente cobrir seu rosto, o rapaz caiu agonizante ao chão tentando gritar por socorro, porém estava afogado em seu próprio sangue, a última imagem que viu foi o sorriso satisfeito e triunfante de Ingrid, esta soltou uma frase, uma adaptação de um trecho famoso de Nietzsche, a última coisa que Celso escutou antes de morrer: "_Sem a 'morte', a vida seria um erro"

5 de ago. de 2012

Casal Infernal


Já se passavam das dez da noite naquele local escuro e frio, Clara estava amarrada e amordaçada à cadeira, suas lágrimas escorriam por toda a extensão de seu rosto, não havia ninguém por perto naquele momento, talvez ela preferia que fosse assim, antes só do que mal acompanhada. Ela escutou então um barulho vindo do lado de fora, era uma caminhonete, o rosto da garota tomou uma expressão de desespero, tentou se soltar de qualquer jeito, porém não obteve sucesso. Um homem alto, cabelos longos e grisalhos, com uma barba enorme como a de um bárbaro, seu corpo magrelo e raquítico, causavam um certo desconforto a quem o olhasse, aquele olhar sem sentimento, aquela forma brusca e ignorante de lhe dar com os outros, um monstro em pessoa. Logo atrás vinha sua mulher, uma loira linda, que ao contrário de seu marido esbanjava beleza e simpatia, transmitia aos outros ilusões de personalidade, afinal ela não passava de uma assassina fria, ninfomaníaca e sem escrúpulos, fazia tudo o que era necessário fazer para conseguir  o que queria, nenhum obstáculo era demais pra ela.
Pareciam estar satisfeitos pela noite, a mulher olhou para Clara e sorriu dizendo: "_Aproveite seus últimos momentos lindinha, amanhã será sua vez, talvez algumas partes suas nos sirva de café da manhã."
Clara estava apavorada com aquilo, a loira deu-lhe um beijo demorado em seu rosto e adentrou ao seu quarto junto ao seu marido. Clara passou a noite toda ouvindo os barulhos vindos de lá de dentro, transavam como animais, a mulher gritava como louca, como se estivesse apanhando, pouco antes de amanhecer os barulhos se cessaram e Clara adormeceu.
Acordou pela manhã com o homem esbofeteando seu rosto, a loira parecia drogada no canto da sala, gargalhava sem parar, o homem então disse a ela: "_Você tem sorte, parece ser bem divertida, hoje ainda podemos fazer sexo à três, minha mulher irá adorar."
Laura parecia apavorada, o homem então injetou uma droga na veia da garota e a libertou. O velho se aproveitou então da garota, enquanto sua mulher olhava satisfeita toda aquela cena nojenta, o velho fez o que quis e logo depois trancou a garota em um quarto nos fundos que mais parecia uma cela. Trancados junto a ela estavam ossadas humanas, provavelmente pessoas que o casal já havia assassinado. O casal então saiu e disse que procuraria diversão e trariam comida mais tarde para Clara.
Enquanto isso Márcio, o irmão mais velho de Clara  e Helena a sua cunhada, procuravam a garota nos arredores da cidade, Conseguiram algumas informações com uma senhora bem idosa, ela dizia que tinha visto a irmã do rapaz indo com um grupo de amigos para o meio da floresta e desde então não os viu mais. Márcio então pediu ajuda à Paulo que era seu amigo e que já era experiente por fazer acampamentos e por conhecer bem as armadilhas que os caçadores espalhavam por ali. Foram os três à caça de Clara.
Ao cair da noite, o casal de "monstros" adentrou a casa e carregavam o corpo de um homem desfigurado e sem as duas pernas, abriram a cela de Clara e o jogaram lá dentro, o homem ainda parecia ter vida, estava gemendo de dor. A garota totalmente assustada perguntou ao rapaz o que havia se passado e ele entao contou como cada um dos loucos lá fora haviam devorado suas pernas. Clara teve um choque. Do lado de fora o velho dizia para a garota que aquele seria o alimento dela, se ela não  comesse passaria fome, ela agora seria como um bichinho de estimação para os canibais.
Roberto era o nome do rapaz que estava na cela junto à Clara. O rapaz gemeu de dor a noite toda, clamando por piedade, se lamentando pelos seus erros, se lamentando pela vida mesquinha que teve. E chorava e gritava. Clara ficou tão perturbada que pegou um travesseiro que estava com ela e sufocou o rapaz até este não respirar mais. Ela deixou-se então cair para o lado e ria histericamente, seu riso não era de felicidade, mas de loucura, ela não parecia estar mais dentro de si, ela pensava em suícidio, mas não sabia como fazê-lo seus próximos dias talvez poderiam começar a ficarem piores ainda.
Passaram-se alguns dias de tormento, o homem jogado à cela de Clara já havia falecido e o cheiro de decomposição estava insuportável. O casal do lado de fora se excitava sempre com o cheiro e passavam o dia todo praticando excessos. Para Clara aquele seria o inferno e ela estaria ali pagando por todos os seus pecados.
Certo dia o casal saiu e disseram para a garota que iriam atrás de mais alimento e que dessa vez ela tentasse se alimentar, senão morreria de fome e passariam a não dar mais água para a pobre. Saíram então, Clara escutou o típico som do motor da caminhonete deles e percebeu que estes se foram.
Márcio, Paulo e Helena andavam pela floresta, já estava anoitecendo, quando avistaram uma casa, resolveram ir até lá. O Cheiro em volta da mesma era insuportável, chamaram à porta e ninguém veio recebê-los. Do lado de dentro Clara escutou a voz do irmão e gritou por ajuda o mais alto que pôde. Márcio escutou as súplicas da irmã e arrombou a porta do local, percebeu que sua irmã estava presa a algum tipo de cela, arrumou um pé de cabra que havia no canto da sala e quebrou o cadeado. Clara finalmente estaria em liberdade. Pelo menos era assim que pensavam, assim que saíram do local o casal chegou e viu-os fugir.
Desceram da caminhonete, o homem com um machado e a mulher com uma faca e correram como loucos atrás do grupo. Paulo correu tão rápido que o grupo acabou se perdendo do mesmo. Foi quando ele foi pego por uma armadilha de caçador que arracou parte de sua perna, uma armadilha incomum, o sangue jorrava e Paulo gritava. O velho o encontrou e com uma machada no crânio finalizou o sofrimento do rapaz.
Clara corria junto a seu irmão e sua cunhada, quando a garota caiu em um buraco, uma armadilha, pois estava coberto por folhas. Márcio estendeu os braços para puxar sua irmã, assim que ele conseguiu puxá-la, ele viu sua mulher ser esfaqueada por uma loira linda, que aparentemente seria incapaz de realizar tal ato, imóvel ainda ele tomou uma pancada nas costas e desmaiou. Clara correu, correu o mais depressa que pode e desapareceu ao meio do mato, o casal não conseguiu encontrá-la, e como já era noite resolveram levar o irmão da garota, pois ela poderia voltar.
Clara, como uma boa irmã, voltou ao local para resgatar seu irmão, porém ela não poderia se arriscar, tinha de fazer algo. Foi até a caminhonete para ver se encontrava algo para usar como arma, como encontrou apenas um galão de gasolina, fósforo e o corpo de sua cunhada e de Paulo, armou um plano.
Passaram-se alguns minutos a caminhonete se consumiu em chamas e causou uma explosão barulhenta. O velho saiu sozinho da casa e deixou sua mulher tomando conta de Márcio. Um corpo caiu ao seu lado, era o de Paulo, logo outro corpo caiu de cima do telhado também, era o corpo de Helena, o velho riu e perguntou: "_Esta tentando brincar comigo garota, escolheu a pessoa errada para brincar, temos seu irmão conosco e podemos fazer ele sofrer muito antes de morrer e você não quer isso quer...?"
O velho mal terminou de falar e uma pedra enorme acertou em cheio a sua cabeça, o que fez com que ele caísse. Tentou levantar meio cambaleante, foi quando este levantou a cabeça e viu a sua frente uma garota dominada pela fúria acertar em cheio o meio do seu crânio, o sangue espirrou sobre a face de Clara que deixou soltar um grito e logo depois correu para algum canto. Dentro da casa a loira parecia apavorada, chamava pelo seu velho, porém num súbio momento começou a se esfregar no rapaz preso na cadeira, ela dizia a ele que o suspense e o medo a excitavam, ela disse a ele que queria fazer sexo com ele ali mesmo. Foi quando Clara adentrou a casa, a loira parou então e ameaçou Márcio com uma faca.
Clara então mostrou para a loira uma seringa, que continha a droga que eles injetavam nela e em si mesmos. Ela disse a loira que poderiam os três sentirem prazer juntos e transar como loucos, Márcio sem entender nada se desesperou com aquele tom frio da irmã e queria sair dali de alguma maneira. A loira vendo a fobia do rapaz, gostou da idéia e foi em direção à garota, largou a faca e recebeu a dose da droga, caiu nos braços de Clara e começou a beijá-la, a garota então jogou a loira ao chão e saiu por alguns segundos, voltou com a cabeça de seu velho desfigurada, jogou nas mãos da loira, porém esta não se desesperou, ela parecia ter gostado daquilo, passando aquela cabeça ensaguentada no meio de suas pernas, uma cena extremamente doentia, Clara quase vomitou vendo aqulo, levantou o machado e cortou um dos braços da loira que parecia se divertir e se excitar cada vez mais, a garota em desespero levantou o machado mais diversas vezes, cortando a mulher em várias partes e mesmo assim não parava, as gargalhadas de excitação da mulher haviam dominado sua mente. Márcio então soltou um grito e Clara voltou a si. Pediu desculpas ao irmão e o libertou. Saíram os dois correndo daquele local, estava amanhecendo o dia, contaram sua versão à polícia e tudo se esclareceu. A explicação de várias mortes misteriosas estavam ali. Porém na cabeça da pobre Clara as coisas nunca mais seriam as mesmas, aquelas cenas grotescas e doentias ficariam para sempre presas em sua mente. Pelo menos ela ainda podia contar com seu irmão e tentar levar uma vida no mínimo normal.
E o casal, teria ido para o inferno? Se tivessem ido, teriam eles se agradado do local? Coisas que nem Clara nem ninguém poderia ter certeza. Mas o que eles sabiam eram que aqueles monstros nunca mais os incomodariam. Pelo menos em vida. Depois da morte, ninguém sabe.

22 de jun. de 2012

Coleção Obsessiva 8: O legado de Luíza


Laura permanecia deitada em sua cama, enquanto conversava com seu terapeuta, que também era seu namorado, o nome do rapaz era Ricardo, ela já havia contado a história de sua vida a ele várias vezes e lá estava ele novamente ouvindo-a: “_Sabe, a um ano atrás eu matei o meu namorado e minha melhor amiga, com a qual ele me traía. Consegui tudo isto com a ajuda da minha mãe biológica. Tudo começou a mais ou menos um ano antes daquilo, ela me mostrava várias coisas. Ela conseguiu com que eu tivesse ódio pelo meu pai adotivo. Luíza era seu nome, desde que me conheceu nunca disse quem era, falava que era apenas uma boa amiga que iria me ensinar a ver toda a verdade sobre a vida. Certo dia ela me levou até em frente a um hotel que ficava no centro da cidade, sentamos num dos bancos que ficava meio escondido mas que dava uma visão perfeita da parte da frente do hotel. Não demorou muito eu pude ver meu pai adentrando o hotel ao lado de uma mulher linda, ela parecia ter uns 18 anos e estava vestida num top e numa micro-saia minúscula, como se fosse uma mulher da vida. Laura então disse que seus olhos encheram de lágrimas e sentiu então um ódio imenso de seu pai e da mulher que ele acompanhava.”

Na cabeça de Laura veio então toda aquela cena novamente, o que se tornaria inesquecível para a garota. Luíza disse a ela para esperarem que ela iria ensiná-la a como resolver essas questões tristes da vida, de forma que ela se sentisse bem melhor depois. Passou-se algumas horas e o pai da garota foi embora do local, as duas então entraram no hotel e foram até o quarto em que o pai tinha estado, a porta estava aberta, entraram sem problema algum, a mulher dormia profundamente na cama, estava nua debaixo das cobertas.
Luíza rapidamente tirou uma faca de dentro de seu coturno, falou para Laura prestar atenção em como se fazia para se sentir melhor. A mulher subiu na cama em que a amante de Guilherme estava, pulou por cima da mulher e acertou em cheio o seu pescoço com a faca, enquanto que com a mão esquerda colocou a mão por sobre a boca da mulher, o sangue jorrava de seu pescoço como em uma fonte, o olhar agonizante da mulher arrancou um sorriso dos lábios de Luíza, Laura permanecia imóvel em um canto do quarto, primeiro se horrorizou com a situação, mas segundos depois sentiu um prazer imenso subir por sobre o seu corpo e o sorriso em seu rosto, tão igual ao de Luíza, fazia com que as duas parecessem irmãs gêmeas com idades diferentes. A mulher na cama esperneou  por mais alguns segundos, Luíza permanecia por cima dela, a cama tornou-se um mar vermelho, a mulher então morreu com os olhos totalmente abertos , como se tivesse morrido olhando fixamente para algo terrível, Luíza então saiu de cima da mulher, foi lavar as mãos e tratou de apressar Laura, pois ninguém poderia saber que elas estiveram ali ou a polícia viria atrás delas.

Laura então continuou: “_Passou-se então algum tempo e Luíza me ensinou a resolver as coisas da maneira mais simples possível, eu era a juíza de minha própria realidade, aquilo me trazia um prazer imensamente estranho. Matei duas garotas e a mãe de uma delas no meu tempo de escola, elas viviam me humilhando publicamente, nunca acharam o culpado, claro que eu era a suspeita número um, mas fiz tudo tão bem planejado que não tinha como me descobrirem. Uma delas eu matei no banheiro da escola, foram várias facadas no estômago da pobre garota, fui até a casa da outra no mesmo dia, a mãe dela atendeu e disse que iria chamá-la, assim que a velha virou as costas a esfaqueei com vontade, fechei a porta rapidamente e subi as escadas, achei o quarto da jovem, entrei e ela se assustou, viu a faca ensangüentada em minhas mãos, tentou correr, mas eu a derrubei e pratiquei mais do meu exercício de autocontrole com ela, o mais maravilhoso nisso tudo foi que em público elas me humilhavam tanto, mas tanto, que sozinhas não fizeram nada para se defender, a reação das duas foi apenas correr, lamentável até onde chega essa natureza humana desprezível.”

Laura parou, olhou para o amor de sua vida e disse: ”_Você foi a melhor coisa que já aconteceu em toda a minha vida, desde que te conheci me apaixonei de verdade, desde a nossa primeira consulta, você me disse que nunca me abandonaria e que estaria sempre do meu lado, me ajudaria a vencer todos esses traumas, só de você me escutar sobe uma satisfação imensa por toda a minha alma, não sinto vontade de matar mais ninguém enquanto tenho você ao meu lado, coloquei fogo em toda a minha coleção de cabeças, coloquei fogo no cadáver de Luíza para que ela nunca mais me alimente com mentiras, como minha amada mãe adotiva faleceu a um mês atrás a única coisa que eu tenho na vida é você e pretendo ficar eternamente ao seu lado. Você me disse uma vez, que seria loucura se ficássemos juntos, pois você era o terapeuta e eu a paciente, você quase não cumpriu o que havia me prometido, mas ainda bem que consegui te convencer da forma mais fácil possível, de que você seria meu e apenas meu. Ter  você comigo já basta, não irei manter amor em uma coleção de cabeças de pessoas sem graça e sem vida enquanto eu posso ter o seu amor para sempre comigo.”

Laura se levantou da cama, foi em direção ao seu amado, e deu-lhe um beijo caloroso naquela boca gelada e com gosto de formol, a garota então carregou seu namorado até uma banheira de formol que ela mantinha em seu quarto, colocou-o dentro e fechou com a tampa. A garota feliz desejou boa noite ao amor de sua vida enquanto ela iria descansar um pouco, pois logo cedo voltaria ao seu emprego na farmácia, onde logo poderia ter uma promoção e quem sabe seguir os passos de seu avô que ela nunca conheceu. A única certeza de que temos é que a promessa de Ricardo seria cumprida e o amor que Laura mantinha por ele já satisfazia a sede psicótica da garota.

20 de jun. de 2012

Breve novos textos



Em breve: "Coleção Obsessiva 8: O legado de Luíza"

Em breve também novos textos, confiram também os textos antigos, enquanto isso, algumas descrições do futuro apocalipse zumbi pra vocês :) uahuhauhauha

"Lá longe, naquele cemitério abandonando, corpos levantam de seu túmulo, estão caminhando em direção à cidade, não parecem ter muita pressa, a decomposição está visível em seus corpos, a expressão faminta por carne humana está estampada em seus rostos... Quem poderá salvar os vivos, quem poderá destruir os mortos??? Será tudo como num filme de terror??? Atingir o cérebro pode detê-los??? A única certeza que temos é de que: "Eles são nós... Nós somos eles e eles são nós..."
Observamos um deles caminhar lentamente sem rumo e sem direção... Na estrada ele deixava rastros de sangue que caíam de sua boca, sangue este de um corpo que estava vivo a alguns minutos atrás e agora estava ali sem vida, jogado ao chão e que logo teria vida novamente... Sua pele estava em visível decomposição, sua fome por carne humana era intensa, ele não podia controlar isso... Existiam inúmeros à sua volta como ele, o mundo estava um caos...Mundo este que um dia foi dos vivos e que agora esta dominado pelos mortos..."

4 de jun. de 2012

O Assassino da Capa Preta


O sangue escorria pela janela naquela noite chuvosa, o trem estava carregado de partes de corpos humanos, William se sentia sufocado e desesperado, queria sair dali de alguma forma, vozes falavam em sua cabeça, ele tentava correr, porém escorregava em meio às poças de sangue no local, o trem parecia ir a lugar nenhum, atravessando o túnel numa velocidade furiosa, ele se desesperou, começou a gritar, mas ninguém poderia escutá-lo, chegou alguém vestido em uma capa preta em sua frente, essa pessoa possuía uma adaga, não dava pra ver o rosto da pessoa, que levantou sua adaga pra atingir William, assim que a arma o atingiu, ele acordou desesperado em sua cama, suava frio, de certa forma deu graças a Deus por ser apenas um sonho ruim.
Já era manhã, William preparava suas malas, pois iria fazer uma viagem para uma ilha deserta, onde possuíam uma clínica de reabilitação para pessoas que sofrerem traumas por terem visto pessoas sendo mortas ao vivo, o homem era Psicólogo e iria trabalhar ao lado de uma Psiquiatra famosa, era a primeira vez de William em um lugar assim e estava realmente ansioso para ver como tudo seria.
Pegou um táxi e foi até o navio, chegando no mesmo foi recebido por dois policiais que guardariam a ilha, o capitão e a Psiquiatra, cumprimentou todos e aproveitou para conhecer seus pacientes e conversar um pouco com cada um.
William reuniu os pacientes no convés principal para que pudesse conhecer a história de cada um e já começar o seu trabalho de terapia.

Luma era a primeira da roda, ano passado ela assistiu seu próprio pai ser arrastado por quilômetros por um caminhão em alta velocidade, desde então não consegue dormir a noite ouvindo um som de caminhão e o grito de agonia do pai antes de morrer. Então foi a vez do Cassiano que era o próximo da roda, ele dizia que dois ladrões haviam invadido a casa que ele e a esposa moravam, renderam eles, porém no meio do assalto sua esposa reagiu e tomou um tiro na cabeça, o rapaz ficou imóvel, os ladrões fugiram, demorou para ele se dar conta do que tinha acontecido, só acordou de vez na hora que a polícia chegou e o acordou do transe em que ele havia entrado e então desde esse episódio seu mundo desabou. O próximo da roda era Natan, ele já estava em prantos, dizia que viu a própria mãe cometer suicídio em sua frente, ela trancara o próprio quarto e se enforcou lá dentro, quando ele conseguiu arrombar a porta já era tarde demais e aquela imagem ficou na sua cabeça desde então. Talita foi a próxima, ela dizia que sofria de depressão profunda e tentara suicídio várias vezes, para ela não importava mais viver nesse mundo, seu namorado havia assassinado brutalmente toda a sua família, quando ela descobriu seu mundo desmoronou e seu gosto pela vida nunca mais foi o mesmo. Viktor que era o próximo não quis compartilhar sua experiência, dizia que preferia conversas em particular, no momento não estaria pronto pra partilhar com todos a sua tragédia. Julie, era o nome da próxima, ela tinha sinais nítidos de cirurgia pelo rosto, contara que o irmão de seu namorado matou a família toda e desfigurou o rosto dela, desde então sua vida nunca mais foi a mesma, o irmão de seu namorado graças ao destino havia sido totalmente desmembrado por um caminhão enquanto fugia da polícia. A última da roda era Sara, ela estava totalmente envergonhada e falava de cabeça baixa, sua fala possuía uma estranha e cativante forma de sedução, mesmo estando falando como se tivesse vergonha de todos, ela dizia que viu um amigo ser espancado e torturado por uma gang de rua, parecia que seu amigo devia dinheiro aos caras, ela viu seu ele agonizar em volta a uma poça de sangue, desde então ela tinha medo de andar na rua, nunca mais saiu de casa e estava ali para procurar ajuda. William escutou todos atentamente ao lado da Psiquiatra Fabiana, o psicólogo parecia ter se interessado pela história de Sara, não tanto pela história, mas ele realmente havia se encantado com a forma que a garota expôs suas palavras, sua timidez fazia com que os olhos de William brilhassem com uma intensidade incomum e seu coração parecia querer saltar da boca, estaria o homem apaixonado?
Chegaram então à ilha, todos pegaram suas malas e se dirigiram a clínica, que mais parecia ser uma mansão, passariam uma semana inteira ali, todos foram para seus respectivos quartos e se ajeitaram. Ali os pacientes receberiam a terapia e eles mesmos ficariam responsáveis pela alimentação, como o lugar era rico em frutas e plantas, poderiam comer destas em abundância.
William reuniu todos na sala de estar e pediu para fossem descansar, pois pela manhã teriam uma longa sessão. Todos então foram dormir, enquanto o capitão do navio voltou para o mesmo, pois seu quarto estaria lá, um dos policiais também foi dormir em uma parte do navio enquanto o outro ficou de guarda.
Já eram mais ou menos 1 hora da madrugada, quando o policial avistou uma pessoa vestia numa enorme capa preta andando em meio à floresta que estava ali por perto, ficou um bom tempo tentando ver se conseguia ver algo ou se era imaginação de sua mente, como tudo ficou silencioso novamente pensou que não havia com o que se preocupar, alguém pegou o homem pelas costas, tamparam sua boca e enfiaram um tipo de faca diversas vezes sobre o seu pescoço, mais especificamente uma adaga, que fez com que o policial jorrasse sangue e caísse morto com o rosto ao chão. A pessoa arrastou o corpo do policial até o quarto do capitão, que já estava morto e com a cama banhada em sangue.
O outro policial então acordou assustado com uns barulhos vindos do quarto do capitão, chegou à porta e viu que havia um rastro de sangue que levava até lá, como se alguém houvesse sido arrastado, o homem então arrombou a porta e não podia acreditar no que via, praticamente uma mente doentia havia esfaqueado o capitão e o seu parceiro de polícia, foi quando teve a sensação de que alguém permanecia atrás de si, quando este se virou, deparou com uma pessoa vestida por uma enorme capa preta, não dava pra ver de quem se tratava, o assassino então levantou sua adaga em direção ao rosto do policial e cegou um dos seus olhos, o policial começou então a gritar de dor e a implorar pela vida, seus gritos de socorro eram inúteis, pois a mansão tinha um dispositivo que não deixava que barulhos do lado de fora incomodassem os moradores. O assassino então se sentou sobre a vítima que permanecia em desespero e enfiou a faca sobre o outro olho, era uma imagem bizarra, o sangue escoava por sobre os olhos do pobre homem e o maníaco permanecia em sangue frio esfaqueando lentamente o resto do rosto do pobre policial, este não agüentou por muito tempo a dor e faleceu com cortes por todo o rosto, mesmo depois de morto o assassino ainda continuou brincando por alguns minutos com a faca. O individuo da capa preta tratou de limpar os vestígios e esconder os corpos no quarto.
Eram mais ou menos duas e meia da madrugada quando William passava por um corredor da mansão e avistou Sara sentada no sofá, a mulher parecia estar sem sono. O psicólogo foi lá conversar com ela pra ver se poderia ajudar em algo, ela respondeu que tinha perdido o sono pensando nele. O homem então tomou um susto, pois um dos motivos de ele estar acordado ainda era que ele não conseguia parar de pensar nela, o psicólogo disse a ela que aquilo era loucura, que os dois eram terapeuta e paciente e não podiam ter nada mais do que aquilo. Pediu para que Sara fosse descansar, pois iria conversar com cada um deles bem cedo.
Já era manhã e William reuniu todos novamente na sala, o homem não parecia ter tido uma noite muito boa, o cansaço estava estampado em seu rosto. Ele iria atender um por um em uma sala que tinha nos fundos, seria mais ou menos uma hora para cada, enquanto isso, os outros poderiam ir dar uma volta.
Talita foi a primeira a ir até a sala, enquanto estava na terapia os outros saíram para dar uma volta.
Fabiana estava à procura de Viktor e Sara, pois os dois pacientes haviam desaparecido e ninguém os viu pela manhã. A mulher pediu para que Natan e Luma fossem até o navio para perguntarem ao capitão se teriam avistado o rapaz. Subiram no navio e perceberam que o silêncio ali imperava, Natan disse para Luma ir até a cabine ver se o capitão estaria lá enquanto ele iria até o quarto do velho. Luma foi até a cabine e não encontrou ninguém, ela pensou o quanto aquela situação era estranha, pois o homem e os policiais deveriam estar a postos para protegê-los e levá-los embora se alguém passasse mal. Quando ela se virou deu de frente com uma pessoa vestida em uma capa preta, ficou parada um momento e então ela perguntou quem era e o que a pessoa queria, o assassino da capa preta então rasgou o pescoço da mulher com a sua adaga, tudo tão rápido que Luma não conseguiu nem gritar, caiu morta em meio a poça de sangue que jorrou de suas artérias.
Como ninguém abriu o quarto para Natan, ele começou a tentar arrombar a porta, foram uma, duas, três tentativas, até que finalmente ele colocou a porta ao chão. Olhando para dentro do quarto ele não poderia acreditar no que via, o capitão e os dois policiais estavam mortos sobre a cama e o quarto coberto de sangue.
Quando se virou para correr e ir avisar os outros, deu de cara com William, que disse ter ouvido uns gritos vindos de lá. O homem achou aquilo estranho, pois não havia escutado nada, mas mesmo assim mostrou para o psicólogo o que acontecera por ali. William com toda a sua calma levou o homem de volta a mansão e pediu para ele não causar alarde, que fossem e avisassem a Fabiana o que acontecera ali, porém os outros pacientes não poderiam saber.
Conversaram os três sobre isso, e Fabiana parecia apavorada. Os três pensavam que seria Viktor o responsável pelas mortes, foi quando o mesmo chegou até a mansão, todo ensanguentado e ofegante culpando William, dizia ele que o homem tentou matá-lo na noite passada, porque ele viu o que o psicólogo fez aos policiais e ao capitão. Ele esteve desacordado desde então, chegou ali por milagre, estava bastante agitado e ferido, foi quando ele desmaiou.
Julie e Cassiano estavam ali por perto e se chocaram com a cena, Natan afastou-se de William e Fabiana o olhou desconfiada, o psicólogo tentou tranqüiliza-los, dizendo que não sabia o que ele estava dizendo, a psiquiatra chamou Cassiano e pediu que ele e Natan vigiassem o homem enquanto ela e Julie iriam levar o homem ferido até uma cama e tentar reanimá-lo.
Enquanto elas foram, William ficou tentando se explicar, dizendo que aquilo era uma besteira, foi quando chegou alguém vestido em capa preta pela porta principal e foi caminhando até eles, na distração William correu e Natan foi logo atrás, Cassiano ficou ali parado e perguntou quem era, porém a pessoa não respondia, Cassiano tentou agredir o indivíduo que o apunhalou no estômago, quando o homem caiu ao chão o assassino pegou a televisão que estava ali perto, levantou-a e arremessou contra a cabeça da vítima, que morreu instantaneamente.
Enquanto isso William entrou na sala em que havia consultado Talita e se trancou lá. Natan então fez um esforço e arrombou a porta, o que havia ali dentro ele não poderia acreditar, a paciente foi enforcada com um fio de telefone e sua barriga estava aberta, com as tripas caindo para fora do corpo. William estava em um canto da sala e começou a rir, porém logo parou, alguém que estava atrás de Natan amedrontou o psicólogo.
Foi quando Natan olhou para trás e tomou uma punhalada na cabeça, quando caiu ao chão o assassino ainda esfaqueou o rapaz várias vezes até ter a certeza de que ele não levantaria.
William esperou com que o assassino fosse até ele para matá-lo, porém o mesmo saiu dali. O psicólogo não entendeu muito bem aquilo, o mais engraçado então era de que ele não era o único com sede de sangue por ali, ele pensou e pensou, mas ninguém havia demonstrado pensamentos psicóticos, pelo menos não os que estavam vivos.
William subiu as escadas e foi até o quarto em que Fabiana e Julie estavam, parou ali perto e observou atentamente para dentro, como percebeu que apenas Julie estava ali, entrou no quarto com uma tesoura e pulou pra cima da mulher, o homem fincava a tesoura por sobre o rosto da mulher que chorava e implorava por piedade, enquanto o psicólogo ria e se deliciava mais e mais com aquilo, foi quando a mulher morreu. O homem levantou-se então e cravou a tesoura no coração de Viktor que estava deitado na cama, o trabalho de William ali estava terminado, faltava apenas dar um jeito em Fabiana.
O psicólogo foi até o lado de fora da mansão, enquanto caminhava até o navio foi surpreendido com um golpe desferido por Fabiana, ela estava com uma barra de metal em mãos e prometeu que iria matar o homem, que ele era um louco, quando estava para bater mais uma vez no homem com a barra de metal, a psiquiatra sentiu algo atravessando seu pescoço, era uma adaga, Fabiana soltou a barra e olhou para trás, a pessoa que fez isso com ela era Sara, a mesma pegou o ferro que estava no chão e arremessou contra a cabeça da psiquiatra que morreu na hora. William então se levantou, olhava atentamente nos olhos de Sara, esta andou até ele chegou com os lábios próximos ao dele e deu-lhe um beijo ardente, ficaram por algum tempo se beijando como dois apaixonados, a mulher contou então a ele que o ajudou porque o amava e estaria do lado dele até o fim de sua vida.
Depois de conseguirem comunicação com a central, o resgate chegou até a praia, William explicou como a atitude e a personalidade de Fabiana estavam alterados, o que levou a mulher a matar à todos, explicou de forma tão convincente como sobreviveram que a versão dele ficou como sendo a verdade.
Um ano após todos esses acontecimentos, realizou-se um casamento, divulgado pela mídia como o casamento dos sobreviventes. William e Sara estavam apaixonados, um amor lindo e intenso e que poderia quebrar todas as barreiras da sanidade.

31 de mai. de 2012

Hora da Vingança (by Paula)


Em uma madrugada chuvosa, um garoto estava em seu quarto se isolando do mundo, Oliver é seu nome, ele era um garoto de 15 anos rejeitado pela família, colegas de sala e vizinhos, nunca teve amigos nem ninguém. Oliver sempre teve seus sonhos, um deles era de matar todos aqueles que o rejeitou, às vezes ele sonhava demais. Joseph, que era seu pai, sempre o dizia que ele era um inútil, que não sabia fazer nada e que não teria um futuro bom, Oliver era o mais novo dos quatro irmãos, outro detalhe é que ele era adotado. Quando completou 16 anos resolveu começar a trabalhar, procurou empregos em vários locais, todos não precisavam de mais empregados, até que finalmente o garoto foi aceito em um bar que vivia meio abandonado no bairro para trabalhar de garçom. Antes do seu primeiro dia o seu chefe Thales, o avisou de certas coisas que acontecem, muitas pessoas morrem naquele lugar, dois garçons foram mortos por um motoqueiro estressado dias atrás, mas Oliver não se importou. Quando o bar foi aberto o garoto já se sentiu independente, com seu uniforme e sua bandeja na mão foi atender o primeiro cliente que entrou, que parecia veterano no local, ganhou sua primeira gorjeta e ficou feliz com isso. Horas se passaram, já era hora de fechar, o garoto pensou que por ser o seu primeiro dia ele foi muito bem, porém, seu chefe esqueceu-se de avisá-lo que aquele bairro era o mais perigoso da cidade, chegaram então os rapazes de uma gangue e se aproximaram do garoto debochando dele. Oliver começou a rir desenfreadamente da situação, um dos rapazes da gangue o jogou no chão, o garoto riu mais ainda, parecia não se importar com aquilo. Outro rapaz aproximou-se e perguntou por que ele estava rindo, a resposta estava na ponta da língua de Oliver, ele não se importava, ele não sentia dor, a vida dele estava realmente sendo uma merda, e aquilo não fazia diferença pra ele, um dos rapazes da gangue falou para que o deixasse ir embora, Oliver levantou e se foi.
Dois anos se passaram e nada de diferente aconteceu durante esse tempo, Oliver estava bem, nunca arrumou sequer nenhuma briga no bar, tudo estava ótimo, até que certo dia seu pai o expulsou de casa, pois na mente dele, Oliver já estava independente por ter seu trabalho e ter completado seus 18 anos, e continuar vivendo em sua casa era apenas uma despesa a mais para a família. Foi ai que Oliver teve a idéia de sair da cidade, não sabia para qual ia, queria ele ir para uma cidade pequena, então teve a brilhante idéia de ir para Forks, uma cidadezinha localizada no estado norte-americano de Washington, com uma população de 3246 habitantes. Antes de viajar, Oliver comprou uma moto com o dinheiro que guardou durante a vida toda, mais antes de sair da cidade ele queria acabar com a vida de certas pessoas.
Joseph deixou o garoto dormir em casa só mais uma noite, e foi nessa noite que Oliver aproveitou para pegar o cartão de credito de seu irmão Gustavo. Na casa moram somente seus irmãos e seu pai, sua mãe Patrícia havia morrido quando Oliver tinha apenas seis anos, somente Joseph sabe como foi que ela morreu. Seus três irmãos saíram então Oliver ficou sozinho com seu pai. Joseph estava dormindo como pedra no sofá, o homem era horrível até dormindo, Oliver então foi até seu quarto, abriu uma gaveta de seu guarda-roupa e viu que alguém tinha a espiado, porém a gaveta contém um fundo falso, então o garoto abriu este fundo e pegou sua Pistola e voltou para a sala onde seu pai estava dormindo, mirando a Pistola na cabeça de Joseph, sem piedade apertou o gatilho e matou seu pai, pedaços de crânio ficaram espalhados pelo sofá. Oliver se apressou e saiu rapidamente, pois alguém poderia ter ouvido o barulho do tiro.
O garoto então pegou sua moto e mais algumas armas e foi para onde seus irmãos estavam, primeiro foi até Felipe, que estava no cinema com seus amigos, Oliver não teve idéias de como matar seu irmão no momento, então ficou no banheiro por muito tempo pensando se Felipe iria até lá, quando estava quase desistindo de matar Felipe, ouviu alguém entrar no banheiro, e lá estava seu irmãozinho. Oliver não esperou muito e rapidamente atacou Felipe acertando um machado em sua cabeça, como gostou da sensação que tivera, deu mais dois golpes certeiros na cabeça do irmão, o garoto saiu do local imediatamente e foi atrás de seu irmão Gustavo.
Encontrou seu irmão andando na rua sozinho, Oliver viu que a rua estava deserta então pegou uma pedra bem grande, e acertou na cabeça de Gustavo com muita força, seu irmão caiu no chão na mesma hora, Oliver então deu várias pedradas na cabeça de seu irmão, o sangue inundou a calçada, pegou então o corpo e levou até um terreno vazio que havia na esquina, jogou o corpo de Gustavo lá e foi embora, sem sentimento de piedade algum, a fúria e o prazer psicótico estavam em seus olhos e em seu sorriso, o garoto tinha se tornado um assassino frio. Finalmente só faltava mais um, Inácio, seu irmão mais velho, não demorou muito para Oliver saber onde ele estava, o primeiro lugar que ele pensou em procurar seu irmão foi na casa de Julie, namorada do irmão, chegando lá notou que as luzes estavam acesas então deu a volta e entrou pelos fundos da casa, lá encontrou um taco de baseball de metal, pegou-o e entrou na casa sem fazer barulho algum, em pouco tempo já estava na sala principal da casa, viu seu irmão assistindo um filme de romance com Julie, sem dó Oliver bateu na cabeça de seu irmão com o taco de baseball, arrancando pedaços do cérebro do irmão de tanta força e ódio que ele o golpeou, então correu atrás da namorada de Inácio que estava assustada e  desesperada, derrubou-a, olhou para ela com um  prazer imenso nos olhos, bateu diversas vezes no roso da garota, deixando-a irreconhecível,  voltou até Inácio que ainda estava agonizando ao chão, bateu várias vezes contra a cabeça do irmão, quando cansou de brincar de baseball, pegou sua pistola e deu um tiro certeiro na cabeça do irmão para confirmar sua morte. Finalmente seu trabalho ali já estava feito, Oliver então pegou sua moto e voltou para casa, estacionou sua moto nos fundos da casa, entrou e foi até ao seu quarto, pegou todas suas coisas e quando estava quase saindo da casa ele ouviu sirenes de policia, correu direto para sua moto, ligou-a e acelerou para cima da parede de madeira que cercava os fundos da casa destruindo-as, saiu acelerando mais ainda a moto, parecia uma cena de filme, vários policias estavam atirando nele, Oliver mal sentia as balas penetrarem em seu corpo. Ele estava dirigindo sem rumo com policiais em sua cola, então se decidiu que não adiantaria mudar de cidade sendo um procurado por ter cometido quatro assassinatos, então pulou de sua moto se atirando em frente a um caminhão que vinha em direção contraria, foi brutamente esmagado, seu sangue voou para todos os lados, quando o caminhão saiu de cima de seu corpo, só conseguiam ver suas tripas espalhadas pelo chão, seu crânio estava totalmente esmagado e seus ossos pareciam ter atravessado a carne do seu corpo. Para os policiais foi um fim bem trágico, mal passou em suas mentes que um jovem garoto faria isso. Antes de Oliver se jogar contra o caminhão, ele simplesmente pensou que se continuasse fugindo da policia uma hora ele seria pego e iria para a prisão, se morresse não faria falta para ninguém, já que não tinha mais família, então para ele a única coisa que importava naquele momento é que a vingança foi feita e não tinha mais como escapar. (by Paula)