Luíza estava sentada em sua cadeira bebendo seu Martini e observando a sua coleção, ela estava meio insatisfeita com o baixo progresso que havia tendo, as pessoas não passavam mais por aquele local por medo, elas desapareciam misteriosamente quando pegavam aquela estrada sombria e deserta onde se localizava a fazenda de Luíza, isso sem contar com o fato de que ela estaria grávida e já não tinha tanta agilidade para fazer as coisas da forma que fazia antigamente, o filho que ela estaria esperando seria de Eduardo, que ela assassinou a alguns meses atrás. A mulher estava calma, lendo um jornal antigo onde a principal notícia que tinha era a da morte de Adolfo e dos assassinatos brutais que ele havia cometido, no jornal não citavam seu nome, porém dizia que alguém em ato heróico havia acabado com toda aquela história doentia, Luíza jogou a cabeça para trás e deixou sair uma gargalhada infernal. Fechou a garrafa da bebida, guardou na prateleira e foi se deitar.
No meio da noite ela ouviu alguém batendo à sua porta, quando abriu a porta para sua surpresa era um policial, ele dizia estar fazendo uma ronda pelo local e queria saber se estava tudo bem, Luíza parou, pensou e então pediu que já que ele estaria ali ele poderia trocar uma lâmpada para ela pois ela estava com dificuldades. O jovem policial aceitou, disse que deveria ser breve pois seu parceiro teria ficado esperando por ele no carro, a mulher fez um gesto positivo com a cabeça o conduziu até o local em que a lâmpada estaria supostamente queimada, sem dizer muita coisa Luíza atacou o homem pelas costas com um punhal, este caiu para frente, e então ela deu-lhe mais uma, duas, três, quatro, enfim várias facadas nas costas do policial para se certificar que ele estaria realmente morto, pois ela não poderia se arriscar já que não teria condições para um combate. Ela então pegou um facão e um revólver, e foi em direção à estrada onde o parceiro do jovem policial estaria esperando, o outro policial já era mais velho, cara de experiente, uma barba enorme e branca, Luíza apontou a arma para o policial e ordenou para que ele descesse do carro, o homem assim o fez, ela sem pensar duas vezes deu dois tiros nele, pegou o corpo e guardou no porta malas com uma enorme dificuldade, ligou o carro e se dirigiu até a garagem de sua fazenda que era enorme, abriu a garagem e o número de carros que havia ali era enorme, guardou o carro e foi retirar o corpo de lá de dentro, arrastou com um esforço imenso o corpo para dentro de sua casa, decepou a cabeça dos dois policiais e adicionou seus novos enfeites na prateleira de cabeças.
Luíza saiu satisfeita do local, quando se dirigia para seu quarto sentiu uma dor imensa na barriga, sua bolsa havia rompido, ela estava prestes a ganhar seu bebê ali sozinha.
Enquanto isso passavam pela estrada um trio, David no volante, Jéssica sua namorada logo do lado e um rapaz que pediu carona pra eles logo atrás, seu nome era Aílton, estavam meio perdidos por ali e avistaram uma fazenda ao longe, resolveram parar ali e pedir informações, pediram para Aílton ir até lá, o rapaz foi, chegou, bateu a porta e escutou gritos de uma mulher, como a porta estava trancada ele arrombou e viu Luíza se contorcendo de dor no chão, pediu para ela se acalmar que ele iria chamar ajuda, ele correu até onde Jéssica e David estavam, como os dois eram enfermeiros saberiam lidar melhor com a situação, David entrou com o carro nas proximidades da fazenda e foi junto com Jéssica e Aílton para a casa da mulher. Luíza estava prestes a dar a luz, e o casal fez o trabalho de parto e tudo o mais ocorreu sem complicações, era uma menina linda que havia nascido, perguntaram qual seria o nome da recém nascida ao que Luíza deu o nome de Laura. A mulher agradeceu a eles e pediu que passassem a noite ali pois ela poderia precisar de mais alguma coisa, explicou para eles o caminho dos quartos e pediu que não tocassem em nada. Ela iria descansar aquela noite e não os atenderia, que eles ficassem à vontade e descansassem e assim o fizeram, David e Jéssica foram para um quarto e Aílton para outro.
Aílton acordou cedo e percebeu que uma porta misteriosa no canto da sala estava entre aberta, o mesmo foi até lá olhar de curiosidade, quando entrou não pode acreditar no que seus olhos estariam vendo, aquilo era extremamente doentio e terrível, um ser humano normal não poderia guardar aquilo dentro de casa, quando ele ia sair de lá para avisar aos outros ele deu de frente com Luíza que rasgou o pescoço do pobre com uma faca sem piedade alguma, o rapaz caiu para trás sufocado e com o pescoço jorrando sangue, ela então disse que tinha avisado sobre a curiosidade e a morte que ele havia tido foi somente culpa dele, ela então riu, observou a morte lenta e sufocante do homem e saiu daquele local. Voltou então para o seu quarto para olhar sua linda filhinha, ela parecia hipnotizada com ela, prometia dar a ela tudo o que ela não teve na infância, ela então prometeu que ela também teria um pai e ele estava ali naquele momento, Luíza parecia estar fora do mundo real, foi até o quarto em que o casal estava, pegou seu revólver, acordou os dois e sem dizer nada atirou no peito de Jéssica, mirou no rumo de David e pediu que ele a acompanhasse, David estava em desespero, não sabia o que fazer, se ele fosse tentar socorrer sua namorada acabariam os dois mortos, David então obedeceu, foram até o quarto de Luíza e a mulher disse a ele que a partir daquele momento eram um casal e que Laura seria sua filha com ela, porém David recusou, disse que ela era louca, Luíza deu um tiro na perna dele pegou o seu facão e disse que ele não precisaria aceitar nada, apenas a cabeça dele seria pai dela, a mulher levantou o facão para atacá-lo quando levou uma punhalada nas costas e caiu para frente sem forças. Jéssica estava de pé, o tiro por sorte parecia não ter pegado em algum ponto vital. Ela socorreu o namorado pegaram também o bebê e se dirigiram à saída até onde estaria o carro, Jéssica pegou um galão de gasolina que havia no carro, procurou despejou pela casa toda, até chega na porta que havia no canto da sala, abriu e viu as cabeças de várias vítimas expostas em prateleiras, viu também o corpo de Aílton no chão com uma poça de sangue enorme envolta do corpo, ela jogou gasolina em tudo, foi se certificar se Luíza havia morrido, como a mesma ainda estaria caída da mesma forma em que estava ela nem se importou muito, acendeu seu fósforo, jogou no chão e correu dali. Ligaram o carro e foram embora para procurar o posto policial mais próximo para comunicar o ocorrido.
O fogo consumiu toda a casa, e com ela tudo foi consumido pelas chamas, começaram as buscas por corpos e tudo o mais, as cabeças estavam todas carbonizadas, seria o fim de uma coleção imensa, porém não havia vestígios do corpo de Luíza, consequentemente para a polícia a mulher continuaria como foragida, Jéssica e David ficaram com a criança, mas não apenas com ela, como também com o medo que não acabaria enquanto Luíza continuasse a existir.
Continua em: Coleção Obsessiva 7 (O mal nunca morre)
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